O peso da responsabilidade

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Churrasco Unistaldente
Churrasco Unistaldente

Geralmente, aos domingos, não saio de casa. Hoje, abri uma exceção e fui me reunir com a direção do combativo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Unistalda, meus amigos Luizão, Elias, Jorge Saraiva (Carioca) e suas esposas, filhos e crianças.

Dou assessoria jurídica para esse Sindicato desde 2012, exatos dez anos e três meses. É uma diretoria muito boa, engajada politicamente e que faz uma gestão muito séria a frente do Sindicato.

O Sindicato é dirigido por gente muito madura, gente séria e que têm uma excelente relação com o Prefeito Gil, aliás, esse Prefeito é um grande democrata e tem um notável procurador-geral, meu prezado amigo de décadas: Dr. Garcez.

A reunão era para tratarmos assuntos jurídicos; inobstante isso, fizeram um excelente churrasco. Foram momentos de congraçamento e interrelacionamento pessoal idôneo.

Médica Cleonice Mottecy
Médica Cleonice Mottecy

Não falei nada para ninguém, mas eu estava um pouco tenso. Minha eterna namorada, Dra. Cleonice, está disposta a casar-se. É só ela para me deixar tenso e a seriedade envolve-me. Minha filha, 11 anos, é vivamente de esquerda, mas gosta da Cleonice, o que me parece uma louvável exceção em seu coração esquerdizante.

Cleonice passou o dia preparando uma aula, eis que vai dar uma palestra para médicos cirurgiões, em Curitiba. Eu não tenho a mesma paciência para tantos seminários e prefiro acompanhar tudo pelo youtube.

As pessoas daqui sempre me perguntam como eu e a Cleonice nos conhecemos? É uma história bem simples. Eu conheci o Dr. Abdo Mottecy, pai de Cleo,  no distante ano de 1982, logo no início do ano. Muito organizado, quase jesuíta, era o grande líder do PMDB em Santa Maria e foi responsável pelo lançamento do ministro Nelson Jobim na política partidária. Depois, quando a Cleonice foi médica anestesista da Santa Casa de Porto Alegre, ali ficamos amigos. Bem amigos. E em março do ano passado, assumimos um namoro público. Simples assim.

Eu a Nina e o Cleonice
Eu a Nina e a Cleonice

Ela gosta da minha filha e minha filha gosta dela. Simples assim, apesar de ser uma bolsonarista e uma petista. Aliás, nem sei bem se a Nina é petista, mais parece próxima do PSOL de tão radical chique que é. Eu orientei bem a Nina para conter os arroubos ideológicos e anti-bolsonaristas. E também porque no vidro traseiro da camioneta da Cleonice tem um enorme adesivo do Bolsonaro. Foi um risco que corri.

Nina no primeiro mês de vida
Nina no primeiro mês de vida

Mas minha filha tem grandes virtudes. É bem estudiosa, sempre vai bem nas provas e agora está se metamorfoseando como aluna ateia de um colégio de padres. Imagino o seu esforço. E eu me esforço para fazê-la normal. Ela só se deu bem com o colega Dr. Júlio Garcia e sua esposa, Profe Rosâni.

Assim vai a vida. Uma oração, uma carne e um pão. Aliás, estive no pãos e grãos agora no começo da noite.

Comprei a deliciosa batata assada, laranja do céu, bananas e iougurte. Pelo aplicativo da TV TCHÊ assisto ao culto da Assembleia de Deus. Acho que todos os cultos de Santiago deveriam ser transmitidos pela internet, aí os irmãos e irmãs poderiam assistir tudo de casa. As doações, dízimos e ofertas poderiam ser pelo PIX. Sei lá, tenho achado os cultos da AD um tanto esvaziados. A câmera que fica no fundo passa uma ideia não muito boa. Templo cheio é sinal de bençãos. A ausência de povo não é bom. Templo vazio pode ser sinal de bençãos ainda maiores.

Minha filhinha me gravou um longo áudio, quase 20 segundos. Lacônica, resumiu-me seu domingo.

E assim vamos indo, caminhando a cantando, com Vandré:

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

 

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