Eu peguei a Nina dia 22 de dezembro em Capão da Canoa. Ela passou o Natal com os avós e dia 27 veio para Santiago para passar o ano novo comigo.
Nina reencontra-se com sua condição extremamente infantil na Pracinha de Brinquedos. Adora o balanço onde iniciei com ela pouco após os 2 anos. E brinca imensamente com toda a criançada. São felizes. Jogam bola, correm, trocam ideias e inventam diversões.
Ao chegar, de volta a pracinha, dia 22 a tarde, o primeiro brinquedo de Nina foi o balanço, sua eterna paixão. Ademais, a quantidade de crianças que se encontram na pracinha ao final de cada dia, quando o sol começa a cair, é fantástico. São meninos e meninas, de famílias diversas, que fazem a alegria do local. Algo contagiante e agradável.
Ontem minha filhinha se foi. Voltou e não sei quando volta. Sei que ela sequer pensa nisso, criança vive e curte o momento. Quem vive pensando na frente sou eu.
O tempo passa. Talvez ela volte a pracinha, talvez existam novas oportunidades. Não sei.
Sei que ontem a tarde olhei longamente o local. Nina não estava mais. Senti uma profunda nostalgia. Descobri toda a minha impotência diante do sonho de criar minha própria filha. Poucos pais tinham acesa a chama da paternidade como eu. Com 4 anos fui separado de minha filha e foi uma separação abrupta, machucada e pesada.
Descobri o poder judiciário extremamente contaminado com o feminismo de esquerda, onde o pai é anulado e razão sempre assiste às mães. É tudo muito doído.
Oxalá outras pracinhas e outras épocas se desenhem em nosso futuro.
Sonhar não custa!!!