Rio Grande do Sul está entre os piores no ensino médio e fundamental. De quem é a culpa e onde estão os erros?

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A notícia, divulgada agora há pouco em Zero Hora, alude que nosso Estado está entre os piores na avaliação do ensino médio e fundamental.

Essa posição é vergonhosa e revela a péssima educação ministrada em nosso Estado. A má escola gera péssimos alunos e os responsáveis diretos por esse caos são os professores e as autoridades, que permitem cursos de acesso ao magistério de baixíssima qualificação, existe uma esculhanbação nos cursos de acesso ao magistério, com cursos R2 que formam professores em até 6 meses, sem estágio e sem TCC.

Essa mercantililização da educação gera mesmo um caos e nesse cenário triste e pacífico incide também a ausência de uma proposta séria do governo do Estado, que pouco leva a sério a educação, isso é visível.

Eu acompanho a educação em nosso Estado há anos e sei bem o que estou falando, especialmente pelos meus 64 anos, pois desde 1980 acompanho as lutas do CEPERS e a formação de nossos professores. Ultimamente, tudo virou um caos, com a facilidade de se fazer pós-graduação latu sensu e mesmo graduações com aulas on line. que não têm compromisso com a seriedade didática e pedagógica, exigências de uma educação de boa qualidade. Também em nível stricto sensu temos a formação on line, que muitas vezes tem pouca seriedade com a formação e qualificação dos professores.

A notícia desse desastre, por um lado é boa, pois abrirá um pertinente debate em nosso Estado e baixará a onda de que temos educação de qualidade.

Eu não sou contra a formação on line, mas ultimamente existe uma proliferação descontrolada de cursos de acesso ao magistério e aqui a falha dos governos é flagrante, pois autorizam cursos de forma fácil e sem as exigências sérias que o exercício do Magistério exigem.

Esse retrato divulgado hoje é caótico e deveria nos envergonhar.

O furo é mais embaixo, pois as as autoridades governamentais facilitam ao extremo a conclusão do ensino médio e fundamental, apenas para dar uma satisfação social, mas sem a seriedade e a preocupação idônea.

O caos é o nosso retrato na educação e todos devemos assumir nossa vergonha.

 

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