Artigo escrito em 12 de junho de 2014, reflexões sobre Tiago Gorski e os desdobramentos da política local

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Às vezes, é preciso parar, observar bem o que está acontecendo ao nosso redor, medir, ponderar, comparar … No contexto político santiaguense, em se tratando de sucessão municipal, nunca o PP esteve tão bem servido de nomes quanto para esse pleito de 2016.

Por outro lado, poucos param para ler toda a movimentação ostensiva do secretário Tiago Gorski; jovem, com todo gás, Tiago está se cacifando muito além do PP; faz uma política pensada, ocupa todos os espaços possíveis e imagináveis, não perde um risoto em vila, um batizado, um velório, um culto… tem um movimento, lá está ele. Sua página no facebook é o indicativo mais claro dessas ostensividades. Ademais, Tiago é um marqueteiro genial, ocupa todo os espaços, das entrevistas nas rádios logo ao clarear do dia, passando pelos jornais até sua competente investidas nas redes sociais.

Assim, Tiago se credencia pelos seus próprios méritos. As cúpulas do PP observam-no e todos notam esse seu dinamismo, é pique para ninguém botar defeito. Consequência: Tiago se credenciou e se cacifou de uma forma notável que seu nome já passa a ser notado e até citado entre os grandes exponenciais partidários.

Por outro lado, Tiago, assim como seu tio Chico Gorski, seguem à escola Chicão; não batem, não revidam, não entram nas disputas internas, não batem boca, se dão com todos, não tratam ninguém diferenciado por ser daqui ou dali.

Eu tenho dito, em minhas conversas, que Chico Gorski é um nome perigosíssimo do ponto de vista eleitoral, justamente por suas virtudes de bonachão, espírito desprovido de revanche, em suma, um nome fácil de ser levado para o povo. Chico é facilmente identificado com Chicão, portanto, vendável com rótulo do PP ou não. Se a eleição para fosse hoje, Chico seria um potencial candidato a Prefeito.

Esses dois casos, gostem ou não, sintetizam a fartura de oportunidades que o PP cria para si próprio. Tiago é a emergência, Chico é a consolidação.

Só que o PP conta ainda com Marco Peixoto, Rodrigo Gorski, com Ruderson Mesquita e com o vice Toninho. Todos prontinhos para entrar em campo.

Para o campo oposicionista, isso é terrível, até porque se for dado uma boa peneirada, não salta nenhum nome com potencial efetivo para o embate que se desenha. É claro que o pleito pode apresentar surpresas, especialmente envolvendo os nomes de Bianchini e Guilherme, se concorrerem mesmo a deputado estadual … Bianchini defende nomes neutros e cita Adair Bazzana. O PT, não aceita esse nome neutro e deve apostar tudo em torno do nome da Vereadora Iara Castiel, que é quem melhor ataca o PP e melhor faz a oposição local. É, por outro lado, um nome que se credencia com força. Mas a questão toda é que não existe consenso para a unidade oposicionista em torno de um nome.

O quadro que se desenha para 2016 é bem interessante. O PP está bem de nomes e conta com um cabo eleitoral de luxo, que é o Prefeito Ruivo. O problema maior vai ser conciliar todos esses interesses e todas as pretensões. Nessas alturas, nada é descartado, nem que um setor do PP – por excesso de oportunidades internas, acabe dando as cartas até dentro da oposição. O que já é um si mesmo o cúmulo da ironia.

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