O colápso da ULBRA

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A notícia caiu como uma bomba na noite passada, alta madrugada. A ULBRA anunciou o fechamento de todos os cursos de Mestrados e Doutorados, sendo 5 cursos de Mestrados e 4 de Doutorados.

E o que é pior: demissão em massa de todos os professores, especialmente de todos  Doutores.

O lado mais sinistro desse anúncio é a emergência, cada vez maior, de um quadro de falência do ensino superior privado em nosso Estado, pois a crise que começou com o IPA, estendeu-se para todo o grande conglomerado de ensino superior da grande Porto Alegre e até o curso de Medicina da ULBRA paga o preço dessa crise.

A nossa URI, faz algum tempo, demitiu 45 doutores, pelos mesmos motivos da ULBRA, pois é caro manter um quadro de Doutores privados e nosso Estado já deu provas que não consegue manter esse perfil acadêmico.

Em suma, o desenho da realidade emerge para as famílias desses professores e sua famílias justamente nessa época, na época mais sensível do ano.

Dias atrás, ouvia uma entrevista do Professor Ouriques, da Universidade Federal de Santa Catarina, sendo entrevistado por Breno Altman, no canal Ópera Mundi,  e ele proclamava que apenas 60% das vagas da universidade estavam sendo preenchidas e propunha o fim do vestibular nas universidades federais.  Na federal de Santa Maria e na UERGS sobram vagas e poucos ousam acertar onde está o furo de tudo isso.

Mas a questão é mais complexa e poucos têm o diagnóstico certeiro da crise que emergiu com a proliferação de universidades virtuais, onde o preço é baixíssimo e onde as pessoas estudam em casa, em qualquer horário.

O ensino virtual é a nova realidade do ensino superior em nosso Estado e estão em cheque as velhas fórmulas de professor presencial e alunos sentados em sala de aula, com horários fixos e todos rezando como um catecismo, onde existe a castração do pensamento livre.

A emergência dessa nova realidade veio para ficar e todas as velhas fórmulas estão superadas. Vivemos em nova era, em novos tempos e é preciso compreender a emergência da telemática e da robótica no ensino superior, em especial, agora, com a Inteligência Artificial, que embora não seja nem uma coisa e nem outra, mas vem sacudindo as velhas teorias de ensino x aprendizagem.

 

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