Israel ataca hospital e escola da ONU. Mais de 500 pessoas morreram. ‘Nenhum lugar é seguro’

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Mais ataques de Israel direcionados a civis em Gaza. Centenas morreram e muitos estão feridos, incluindo funcionários da ONU.

Em uma diferença de minutos, Israel também atacou uma escola das Nações Unidas em Gaza. De acordo com a agência da ONU para refugiados palestinos (UNWRA), há pelo menos uma dezena de mortos e muitos feridos. A escola fica na região de al-Maghazi, um campo de refugiados da invasão de assentamentos israelenses na região central de Gaza. “Dezenas estão feridos, incluindo funcionários da UNWRA. Os danos estruturais são severos”, aponta a entidade.

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  • ‘Nenhum lugar em Gaza é seguro’“Trata-se de uma ação ultrajante e mostra flagrante desrespeito às vidas civis. Nenhum lugar em Gaza é seguro, nem mesmo em instalações da ONU. Ao menos 4 mil pessoas estão refugiadas na escola da UNWRA, transformada em abrigo. Eles não têm nenhum lugar para ir. Desde o começo da guerra, no dia 7 de outubro, a UNWRA tenta trabalhar para manter o mínimo de vida”, completa a entidade.Já o ataque do hospital representa mais um evidente agressão, denunciada na ONU como crime de guerra de Israel. A instituição, hospital Al-Ahli Arab, é de grande importância em Gaza. Seu nome, em árabe, significa “hospital do povo árabe”. Anualmente, ele presta assistência médica a cerca de 45 mil pessoas, desempenhando um papel fundamental na região em meio a ataques contínuos, praticamente anuais de Israel.

    Modus operandi em Gaza

    As circunstâncias precisas que envolvem o ataque ainda estão sob investigação. Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, declarou à imprensa que não há informações suficientes para confirmar que Tel Aviv seja responsável. Ele destacou que a região testemunhou uma série de ataques aéreos. Contudo, faz parte do modus operandi israelense o ataque a escolas e hospitais, incluindo de instituições humanitárias como Médicos sem Fronteiras.

    A guerra, fruto de uma política de apartheid de israelenses colonos, tem como pano de fundo a questão territorial. Desde a fundação do Estado de Israel, em 1947, o país promove a segregação e ataques contínuos ao território palestino. Além disso, os israelenses avançam a cada ano, ocupando mais territórios árabes. Hoje, um membro do gabinete de emergência do governo de Israel Gideon Sa’ar disse claramente que há a possibilidade de Israel tomar mais territórios palestinos após a escalada de violências sem precedentes na região.

    “Primeiro, porque é uma questão de segurança nacional. Tanto no Leste quanto no Norte, eles terão que perder esse território. Em segundo, porque a perda de terras é o preço que os árabes entendem”, disse o sionista.

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