Confesso que avant-hier, ao ver o governador Eduardo Leite explicando os municípios onde estavam as grandes inundações e defrontei-me com Santiago, custei a acreditar.
Aqui a enchente não fez dano algum, exceto algumas casinhas mais humildes, mas nada de cair casas, de ficarem descobertas, de as pessoas serem atingidas por danos materiais. Nada nada nada disso. O máximo foram algumas goteiras. E numa parte bem setorizada da Cerca de Pedra.
Tem alguma coisa errada nessa lógica. Nem nossa defesa civil noticiou desastre algum.
A única ocorrência que notei, prontamente sob intervenção do competente Ministério Público, foram os preços abusivos dos combustíveis.
Tivemos um tipo de pequeno mini-tornado na Cerca de Pedras, muitas árvores quebradas, galpões e casas atingidas, bichos mortos (ovelhas e pintinhos). Também perdas na colheita, mas isso não caracteriza, ao meu ver, estado de calamidade. Acho que o governador está mal informado.
Nossos rios não transbordaram, até porque não temos rios, e contamos com o fato de sermos no alto, 409 metros acima do nível do mar, o que nos faz altamente privilegiados nessas enchentes.
Tem como comparar Santiago com São Leopoldo, Canoas, Guaíba, Eldorado do Sul, Estrela, Lajeado? Quantas casas foram derrubadas em Santiago? Agora aplicar o mesmo nível de Lajeado, Eldorado do Sul e Canoas a Santiago? É bem complicado. Complicado e complexo.
Então, continuo sem entender nada.