O outro lado da vida, o pós-morte e o vir-a-ser

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Ao tomarmos um raciocínio como verdadeiro, absoluto, dogmático e único, estabelecemos as premissas que julgamos ser universais. Bem, o absoluto, é o ponto de partida para a reflexão em cima de qualquer construção discursiva.

O discurso deísta, assim como o discurso ateísta, parte do pressuposto de que suas verdades são únicas, absolutas, dogmáticas e verdadeiras. Assim ocorre com os espíritas, com qualquer credo e qualquer não-credo, pois o próprio ateísmo é um credo, assim como o agnosticismo.

A morte é absoluta?

Eu diria que, hoje, é. Dependendo do enfoque. Meu corpo vai ficar, a vida vai sair. Mas o que sai do corpo?

É claro. Todos logo têm a resposta na ponta da língua. A alma. O espírito.

Muito bem.

O pós morte é o começo de toda a fantasia. E tudo com direito a alegorias, seja na versão espírita, seja a visão de vida eterna com o céu e o inferno … tem até um estágio no purgatório. Até hoje não entendi bem se o purgatório é uma ante-sala do céu ou do inferno. É como um estágio probatório da alma. Já Stephen Hawking, o nosso deus do ateísmo, assegura que após a morte vem o breu. O nada.

Sou dado a estas reflexões. Volta e meia ocorre-me uma certa realidade paralela. Eu vivo sozinho, isto é público. Mas vivo sonhando que existe um monte de gente ao meu redor. Não sei se é sonho, não sei se é uma realidade paralela, acho que ainda vamos levar um tempo para entender nosso cérebro.

Não entendo como é a questão da consciência no espiritismo. Mas é uma versão bem interessante, pelo menos não é tão monótona como a vida eterna. Imaginem que castigo viver para sempre.

Eu noutro corpo, até não é má ideia.

Pela versão espírita, sou uma alma reencarnada.

Pela versão deísta, sou uma única alma.

Quem tem razão nisto tudo?

Eu mesmo respondo: ninguém.

O ideal seria morrer e voltar para contar a história. Mas até hoje isto não aconteceu. E então vamos indo. Caminhando e cantando, cada qual com sua versão. Cada qual com sua crença, cada qual com sua ilusão.

Meu sonho era morrer e poder voltar, nem que fosse para fazer uma postagem, breve e rápida, fazendo um pequeno relato sobre como é a vida do outro lado.

Se existir; e o Hawking não tiver razão.

Do contrário, terá sido tudo em vão.

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