Sobre a Sociedade em Rede, Camus e Hegel

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Informacionalismo
Uma obra fantástica e que eu recomendo aos meus leitores: “A Era da Informação”, do sociólogo espanhol Manuel Castells, aponta com muita propriedade o surgimento de uma nova estrutura social. Quem se liga nessa eleição em tempos de pandemia e isolamento social, deveria ter uma maior sintonia com Castells.


“A Era da Informação/Economia, Sociedade e Cultura”, nos volumes “Sociedade em Rede”, “O poder da identidade” e “Fim do Milênio” – na minha opinião de quem estudou sociologia e estudo no dia-a-dia – chegam a se constituir num novo paradigma de sociologia, pois depois de Weber, Durkhein e Marx, realmente é um diferenciador na sociologia mundial. Os livros são editados pela PAZ & TERRA, li-os entre 1998 e 1999 e são de uma atualidade incrível, especialmente “Sociedade em Rede”.


Camus
Diversas pessoas, amigos e amigas, têm manifestado interesse em conhecer melhor a obra do filósofo franco-argelino Albert Camus. Existe no Brasil um pequeno e didático ensaio, de 124 páginas, de Carlos Eduardo Guimaraens, que é espetacular para se ter uma visão da obra camusiana.


Camus e Hegel
Às vezes, um pequeno ensaio, nos dá as grandes linhas da introdução necessário a compreensão de um pensamento complexo. Eu mesmo, tive enormes dificuldades quando fui estudar Hegel e só compreendi bem seu pensamento quando li “Conheça Hegel”, de Roger Garaudy.


Camus I
As principais obras de Albert Camus, narrativas, são: O Estrangeiro, A Peste, A Queda e o Exílio e o Reino. Todos viraram enredo de filmes.
Camus II
Seus principais ensaios são: O Verão, Cartas a um amigo alemão, O Direito e o Avesso, Núpcias, O Mito de Sísifo e O Homem Revoltado.
Camus III
Sobre Teatro, Camus deixou-nos quatro obras: Calígula, O Mal Entendido, O Estado de Sítio e Os Justos.
Camus IV
Camus não gostava de juízes e sentenciou “Os que julgam têm a pretensão de superar a própria humanidade … ao decretar a culpa de alguém, tomamos a imagem odiosa de uma divindade que castiga e se julga portadora da verdade”.


Em sua obra ESTADO DE SÍTIO, o diálogo entre o Juiz e Diego deixa bem claro sua antipatia para com os magistrados. Confesso que até hoje não entendi a origem do ódio literário que Camus nutria contra os juízes, bem ao contrário de Charles Dickens, em A CASA SOTURNA.

Camus e o Diálogo dos seus personagens:


O JUIZ- Eu não sirvo a lei pelo que ela diz, mas porque é lei.


DIEGO- Mas e se a lei for o crime?

O JUIZ- Se o crime torna-se lei, deixa de ser crime.


DIEGO- E é, então, a virtude que devemos punir?


O JUIZ- É preciso puni-la se ela tem a arrogância de discutir a lei.

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