A busca da informação, a troca de ideias, a presença participante, opinatativa, crítica, a análise do fato por outros vieses, é uma paixão, gosto disso, faço com muita satisfação. Por outro lado, sei que os anos forjaram a maturidade de um processo e o blog foi incorporado na vida de muitas pessoas, assim como eu também incorporei a leitura de outros tantos. Em março de 2022, completarei 20 anos de blog.
É claro que a interação nem sempre é compreendida e nem a relação leitor-escritor. Existem pessoas de cabeça boa que sabem ler, compreender, interagir; essas, extraem aprendizados, concordam, discordam, mas são normais diante da escrita. Outras, pelo contrário, até por serem perturbadas, sofrem e esse sofrimento é expresso em agressividades, retaliações, voltas com vieses obscuros, Mas, enfim, a vida é assim mesmo.
No momento, o centro de minhas preocupações tem sido a luta pela construção de dias melhores para minha própria vida, em função especial de uma outra vidinha: Nina. Como não sou fatalista, como não acredito em obras do acaso, como não acredito em superstições de natureza alguma, resta-me apelar a mim mesmo, numa profunda crença no ser humano, com seus limites e suas potencialidades.
Sempre achei que o Homem é responsável por suas construções, e são suas ações ou omissões que determinam o curso dos acontecimentos. Se eu ficar assentado do comodismo do que é como está, simplesmente aceitando as regras do jogo que outros impõem, é muito provável que o tempo passe e que tudo fique no mesmo conservadorismo. Por outro lado, o desafio de ousar tem um custo alto, que é aposta no desconhecido, mas o que fazer, só saberemos se existe desconhecido se buscarmos. É certo, contudo que quem tem medo da busca, não encontra, razão pela qual o salto no desconhecido, às vezes, é necessário e faz parte do processo como um todo.
Obrigado a todos que interagem comigo e espero que saibam extrair alguma percepção de minhas palavras nessa postagem.
Quero crer que a mentira é um mal tão grande quanto o prática de corrupção, pois ambas inserem-se num contexto de desrespeito e vilipêndio. Forjar provas contra um jornalista é um crime ainda mais grave, e, se tal é praticado por evangélicos, reservo a lata de lixo e latrina para os bandidos.
Afora os mentirosos, existem os cínicos, outra categoria deplorável, pois esses vivem para justificar as mentiras dos mentirosos, mesmo que seja em cima de sofismas e paralogismos, tomando a todos por bobos e presas fáceis de juízos toscos, primários, próprios da arte de ludibriar.
Entre a Verdade e a ética de falar tudo existe um abismo. Na teia social da vida em sociedade, existem limitações impostas pelas relações sociais, pela estrutura dominante, pelas instituições (sejam elas públicas ou privadas) – e dentro delas incluo as familiares com os vínculos que se geram a partir da amizade, da cordialidade e do afeto.
Até hoje não vi ninguém falar tudo. Todos falamos por fragmentos. O falar tudo implica na morte, mesmo que não seja física, o é – de imediato – no plano simbólico, para começar as premissas de um raciocínio.
O falar tudo tem um preço muito alto; significa a segregação, o abismo, o isolamento e a manifestação fatal da peste, aquela que tanto tenho denunciado com o aflorar da situação dos cancerosos sociais.
Minha única expressão na vida em sociedade é meu blog e a escrita. Gostem ou não, a legitimidade de minha presença na vida social e o exercício da minha cidadania, começa com o que escrevo e a leitura diária das milhares de pessoas que interagem comigo.