LIVRO: A ARTE DE ENGANAR O POVO

Esta é a contra-capa do meu livro A ARTE DE ENGANAR O POVO. Nos próximos dias, vou divulgar, gratuitamente, meu livro na internet, no meu blog. Sem falsas modéstias, meu livro está assumindo um espaço fático tão real em suas análises que chega a assombrar. É minha forma de contribuir com a política, ou seja, para depurificação tão necessária e para que as pessoas entendam como são as técnicas de manipulação e enganação usadas em busca do voto.

 

Esse livro seria usado com meu TCC na pós-graduação em Letras que fiz. Contudo, não encontrei ninguém que entendesse de jogos de linguagem, linguagem figurada, cabala e construções linguísticas. 


Mesmo assim, o livro foi Editado, foi um tremendo sucesso, mas um tanto incompreendido, em 2009. Hoje, recebo pedidos de todo o país, é incrível como tudo se espalhou. E, ademais, o livro virou profético, embora o viés do sarcasmo e da realidade crua como abordei certos assuntos.



Só alerto que o livro não está mais a venda.

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DO AUTOR E SUA OBRA

Júlio Prates, nasceu e cresceu no Pampa gaúcho. É fronteiriço, recluso e maldito. Viveu longe do pago por duas décadas. Cursou Sociologia, Direito e pós-graduou-se em Letras e Sociologia. Apaixonado por política e militante anti-globalização, voltou-se para as questões locais: economia, política, valores e ritos do interior gaúcho. Isolado e incompreendido, transita entre a marginalidade e a maledicência. Para muitos, um louco, para outros tantos, um gênio.

Escreveu alguns livros, todos de caráter fortemente regional. Agora, com A ARTE DE ENGANAR O POVO, estréia um novo estilo. Em um viés sarcástico e ousado disseca as situações políticas e sociais do dia-a-dia. Ensina como os políticos se mimetizam sorrateiramente em meio ao povo. A imprensa gaúcha já começa a defini-lo como o novo príncipe, associando sua escrita ao estilo de “O Príncipe” de Maquiavel. Júlio é o maquiavélico da era digital, da brevidade dos e-mails e, por essa razão, não se volta aos impérios e tronos, mas aos pequenos reinos e feudos da manipulação, assentados na mentira que permeia a politicagem contemporânea.

É de Rousseau a célebre frase: “Maquiavel, fingindo dar lições aos reis, deu grandes lições aos povos”. Resguardadas as particularidades, contexto e época, Júlio Prates também finge ministrar valiosas lições aos políticos; mas, na verdade, está municiando o povo acerca das artes, técnicas, macetes e artifícios que os políticos utilizam para enganarem e ludibriarem seu eleitorado.

Guilhes Damian, Revista Veja, São Paulo, 2009.

 

O outro lado da vida, o pós-morte e o vir-a-ser

Ao tomarmos um raciocínio como verdadeiro, absoluto, dogmático e único, estabelecemos as premissas que julgamos ser universais. Bem, o absoluto, é o ponto de partida para a reflexão em cima de qualquer construção discursiva.

O discurso deísta, assim como o discurso ateísta, parte do pressuposto de que suas verdades são únicas, absolutas, dogmáticas e verdadeiras. Assim ocorre com os espíritas, com qualquer credo e qualquer não-credo, pois o próprio ateísmo é um credo, assim como o agnosticismo.

A morte é absoluta?

Eu diria que, hoje, é. Dependendo do enfoque. Meu corpo vai ficar, a vida vai sair. Mas o que sai do corpo?

É claro. Todos logo têm a resposta na ponta da língua. A alma. O espírito.

Muito bem.

O pós morte é o começo de toda a fantasia. E tudo com direito a alegorias, seja na versão espírita, seja a visão de vida eterna com o céu e o inferno … tem até um estágio no purgatório. Até hoje não entendi bem se o purgatório é uma ante-sala do céu ou do inferno. É como um estágio probatório da alma. Já Stephen Hawking, o nosso deus do ateísmo, assegura que após a morte vem o breu. O nada.

Sou dado a estas reflexões. Volta e meia ocorre-me uma certa realidade paralela. Eu vivo sozinho, isto é público. Mas vivo sonhando que existe um monte de gente ao meu redor. Não sei se é sonho, não sei se é uma realidade paralela, acho que ainda vamos levar um tempo para entender nosso cérebro.

Não entendo como é a questão da consciência no espiritismo. Mas é uma versão bem interessante, pelo menos não é tão monótona como a vida eterna. Imaginem que castigo viver para sempre.

Eu noutro corpo, até não é má ideia.

Pela versão espírita, sou uma alma reencarnada.

Pela versão deísta, sou uma única alma.

Quem tem razão nisto tudo?

Eu mesmo respondo: ninguém.

O ideal seria morrer e voltar para contar a história. Mas até hoje isto não aconteceu. E então vamos indo. Caminhando e cantando, cada qual com sua versão. Cada qual com sua crença, cada qual com sua ilusão.

Meu sonho era morrer e poder voltar, nem que fosse para fazer uma postagem, breve e rápida, fazendo um pequeno relato sobre como é a vida do outro lado.

Se existir; e o Hawking não tiver razão.

Do contrário, terá sido tudo em vão.

Atitude do bem: em Santiago, moradores instalam “Cãodomínios” para abrigar e alimentar animais em situação de rua/risco.

No que depender dos moradores de duas ruas de Santiago-RS, o inverno dos cães que são cuidados pela comunidade ficará mais aquecido. Sensibilizados com a causa animal e preocupados com o bem-estar dos cães que vivem em locais públicos, os moradores das ruas João Oliveira e Bernardo Zamperetti construíram e instalaram casinhas comunitárias de cachorros (com colchões e cobertas) nas calçadas, as quais receberam o sugestivo nome de “cãodomínio”. Nesses locais, além do abrigo, são alimentados, recebem água, cuidados com a saúde, sendo que tudo limpo pelos moradores e é monitorado por câmeras 24 horas por dia para evitar furtos, destruições e agressões aos animalzinhos.

Essa bela atitude de proporcionar aconchego aos animais, ganhou muita repercussão viralizando nas redes sociais, como, por exemplo, na postagem feita por Dinarte Colpo (https://www.facebook.com/photo/?fbid=3108596696120546&set=a.1652124881767742).

É mais um belo exemplo de amor aos animais, ficando no mesmo nível do trabalho realizado há muitos anos por Jaísa Girelli e pela conhecida senhora Fátima Juçara junto ao grupo SOS Cachorros Perdidos (cães e gatos, link https://www.facebook.com/soscachorros.perdidos).

Cabe lembrar que a Lei Federal sob o nº 9.605/98 estabelece que “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais é crime grave”, prevendo pena de 2 a 5 anos de reclusão e multa, agravada em até 1/3 em caso de morte do animal.

Deixamos essa mensagem bíblica constante em Provérbios 12:10 para reflexão:
“O justo importa-se com a alma do seu animal doméstico, mas as misericórdias dos iníquos são cruéis.”

Por que não sou mais eu quem vivo, mas Montaigne que viverá em mim?

REVENONS A NOS MOUTONS  Essa máxima francesa tem um equivalente que significa: voltemos a vaca fria. Vaca? Masmoutons não é carneiro?

Vaca ou carneiro, recorri a esse adágio apócrifo francês, do século XV, popularizado através da FARSA DO ADVOGADO PATHELIN, para iniciar minha pequena reflexão desse dia de confinamento.

Pierre Pathelin era um desses “advogados” metidos a malandros, extremamente safado, que adquire de um vendedor uma peça de tecido e depois, para não pagar, finge-se de doente para enganar o mercador.

Depois, logo em seguida, comparece perante o juiz para defender um criado, acusado de um furto.

Marolas e marolas, e acaba absolvendo o criado, eis que transformou-o num verdadeiro idiota.

Na hora de receber seus honorários, o criado absolvido lhe responde assim: bééééééééééééééééé.

Moral: É impossível cobrar honorários de um carneiro. É a idiotice respondendo a tolice.

“Revenons à nos moutons”é a expressão citada por Rebelais, em Pantagruel, e usa-se empregada para ilustrar casos hilários, tipo os leitões que fingem-se de mortos para mamar deitados ou mesmo de saqueadores que negam contas, mesmo que estejam afundando e massacrando pequenos indefesos.

Aqui em Santiago, resguardadas as proporções e a dimensão temporal, essa historiazinha cairia muito bem num segmento local, onde dá de tudo, traficantes, contrabandistas, agiotas, especuladores, mentirosos, gente que está dentro e finge que está fora, gente que mana e finge que não mama, bandidos querendo posar de mocinhos, oportunistas e inescrupulosos bancando às virgens puras. E mais:  onde todos fingem desconhecer a lei, refutam a legalidade e fingem-se até de carneiros para evitar que prevaleça, afinal, a Justiça.

Deixar os porcos mamando deitados é o que todos querem. É nossa versão do conservadorismo digital ou nosso apoliticismo pós-moderno.

Os que dormem para Mecenas são os que tudo permitem aos poderosos e tudo negam os humildes. Essa célebre anedota é lembrada por MONTAIGNE nos Ensaios (livro III, Capítulo IV).

Que fazer contra os vômitos curturais e suas pretensões de controlar corações e mentes? É o que faço, é minha escrita. São reflexões como essa que elles e ellas sabem compreender.Não serei mais eu que vivo, mas Montaigne que viverá em mim. Que sociedade!!! Mas que assim seja. Amém