Da proibição do uso de celulares em sala de aula e ambientes escolares

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*JÚLIO PRATES

Dias atrás, ouvindo uma preleção digital do Professor Miguel Nicolelis, nosso maior cientista em atividade, detive-me nas suas críticas acerca do uso de aparelhos de celulares e tablets em sala de aula. Eu fui um que imaginei totalmente errado o uso da telemática em sala de aula. Nicolelis, na verdade, injetou-me germes críticos acerca da multiplicidade de alternativas que uma criança ou adolescente tem com um simples celular conectado as redes sociais. E isso é assustador e preocupante.

É claro que é altamente louvável a iniciativa do Presidente Lula de proibir o celular e o tablet, assim como relógios inteligentes, em sala de aula e ambiente escolar. Louvo a coragem do Presidente Lula e também dos pessoal do PT que elabora as políticas educacionais.

Dias atrás, eu postei um vídeo com Nicolelis e ele alertava que se não houvesse uma mudança no uso de celulares em sala de aula havia uma depauperação no conhecimento formal devido ao desvirtuamento provocado pelas redes sociais. É claro, nem estamos falando na quebra de concentração, assim como o desvirtuamento da busca pelo mundo desconhecido e supostamente maravilhoso das redes sociais.

Por tudo, louvo a coragem do Presidente Lula, especialmente por enfrentar com garra e tenacidade o incremento e a sofisticação das redes sociais, assim como a atração de um simples celular.

Essa medida foi corajosa, antipopulista e decretada sem medo, mas consciente de que o quadro, tal como estava criado, deveria ser freado e freio veio com a uma decisão presidencial.

Eu me lembro que comecei a ensinar minha filhinha fazer redações com 4 anos e tenho, dez anos depois, suas redações e vejo que Nina assimilou bem as lições que eu lhe dava em casa sobre como construir frases e fazer as conexões dos parágrafos.

Esse foi o primeiro texto produzido por Nina, quando ela tinha 4 anos.

 

Vejamos o que Nina escreveu, exata e textualmente:

O gato preto

Nina Mello Prates

Era uma vez um gato. Ele mora no mato. É um gato amigável. É amigo do seu pato do pássaro e do senhor urso. Certo dia o gato viu de longe o pássaro.

– O que foi pássaro? perguntou o gato. 

– Preciso achar comida para meus filhotes, disse o pássaro. 

– A se é assim posso ajudar, disse o gato e rápidamente o gato pegou várias minhocas. – Ó obrigada, disse o pássaro. e daquele dia endiante o gato foi chamado como, gato preto o herói do mato.

É claro, cada vez que Nina escrevia, ensinava-lhe concordância, acentos, palavras separadas e assim fui indo, alimentando a ilusão de que poderia assim ensinar Nina a escrever e educá-la.

 

 

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