Voltando … caminhando … levando a vida

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Diversas pessoas, amigos e amigas, questionam-me acerca de minhas convicções ideológicas. Não entendo que o que eu pense seja relevante, para ser valorado jornalisticamente. Contudo, em respeito a todos que me questionam, farei uma breve e sintética explanação.

O fato de eu ter origem na esquerda, não quer dizer – necessariamente – que eu seja estatizante. Penso exatamente ao contrário. Não defendo o Estado-monstro, tentacular, nunca defendi, nunca mesmo. Conheço muito bem e sei como agem as corporações que atuam dentro do Estado. Sou um defensor intransigente da liberdade individual e creio que os limites do Estado, exatamente como Locke definiu, deve ser o garantidor dessas liberdades.

Sou totalmente a favor da livre iniciativa, radicalmente a favor. Gosto de pessoas empreendedoras, de batalhadores. É muito simples.

Antes que a Cristiane Zamperete, minha prezada amiga, venha me criticar “por concurso”, esclareço que – ao longo de minha vida, fiz apenas dois. Para professor do Instituto Tecnológico Federal, professor de Direito, fui aprovado e após a publicação no DOU, quando fui chamado para assumir, enfrentei uma forte resistência de minha então companheira, e de minha sogra. Minha filha tinha um mês de vida e preferi renunciar a vaga, optei por apostar na minha família. Meu outro concurso, foi na OAB. E tudo se resume a isso.

No tocante aos costumes, não sou extremado em nada. Apenas defendo à família como núcleo essencial da sociedade. Não crítico ninguém por raça, cor, idade, sexualidade e nem opção política.

Há 5 anos descobri que sou diabético e passei a enfrentar momentos difíceis, muito difíceis.

Moro sozinho. Sou pobre. Nunca juntei dinheiro e nem bens. Amo muito a minha filha e meu maior prazer é conversar com ela pelo whatsapp.

Com a quarentena e o isolamento, minha situação de saúde agravou-se muito. Preciso me cuidar, sou duplamente grupo de risco. Se eu contrair o vírus, é muito provável que não saia vivo na outra ponta.

A moça da farmácia, faz uma cara de espanto cada vez que mede a minha glicose. Nem eu entendo como não consigo estabilizá-la. Na farmácia, no Capão do Cipó, eles medem graciosamente para qualquer pessoa, seja pobre, rico, de esquerda, de direita, evangélico, católico ou espírita…

Enquanto der, vou escrevendo, não mais com a mesma habitualidade. Afinal, a diabete trouxe-me um efeito colateral: minha visão, totalmente ofuscada.

Sou evangélico, batizei-me aos 12 anos, numa época em que só negros e pobres seguiam a igreja evangélica. Poucas pessoas acreditam que não conheço cocaína, crack e nunca fumei, sequer esses cigarros vendidos comercialmente.

Sou muito grato a Deus pela vida que tenho, pela vida da minha filhinha, pelos amigos, embora tenha ficado chocado, dias atrás, quando um amigo, dos tempos da Assembleia Legislativa, revelou-me aspectos nada nobres de “amigos” que fizeram chegar até ele uma notícia altamente incriminadora contra mim. Entendi de onde partiu, do passa-passa repassa, de quem partiu, para quem partiu, quem deu a garantia para detonar … confesso que fiquei triste ao descobrir tudo, melhor seria até nem saber nada. Mas, valeu a lição. Decepção por decepção, foi uma a mais, apenas. As pessoas são, em estado natural, más e perversas. Agem nas sombras.

Nem todas, diriam.

Eu sei.

Não queiram saber o que eu sei.

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