No ano de 2014, mês de junho, quando praticamente perdi a visão. Consultei com o Dr. Azambuja, conceituado oculista santiaguense. Foi ele quem me alertou: o negócio era medir minha glicose.
Não deu outra. 420 era um número muito alto, para níveis médios de 90 a 100.
Começava ali meu martírio. Com o passar dos anos, nunca mais consegui equilibrar e contraí retinopatia diabética*, que atinge a visão. Digito em caixa nº 36 e ainda persiste o problema. A última medição, ontem, deu 360.
(*Complicação do diabetes que afeta os olhos.
A retinopatia diabética é causada por danos aos vasos sanguíneos no tecido da parte traseira do olho (retina). Glicemia mal controlada é um fator de risco.
Os primeiros sintomas incluem moscas volantes, borrões, áreas escuras na visão e dificuldade de distinguir cores. Pode ocorrer cegueira.
É possível tratar casos leves com um controle cuidadoso do diabetes. Já os casos avançados podem necessitar de tratamento a laser ou cirurgia.) FONTE: GUIA DE SAÚDE
Em 2015, lembro-me bem, a Dra. Karine Peixoto me deu um remédio para ativar a circulação dos pés. Até hoje, não consegui eliminar o endurecimento dos pés. Hoje, passo uma hora por dia com os pés de molho em água quente com sal grosso, tentando evitar a necrose. E tomo metformina. O efeito colateral da metformina é horrível. Vômitos e náuseas o dia inteiro.
Estou entrando no sexto ano de tratamento contínuo e – preciso ser bem franco – a situação de minha saúde não é nada boa.
Isso explica meu afastamento e pouca presença em meu blog. Estou avariado.
Após 6 anos me tratando, já não acredito mais em cura. É difícil para mim, que vivo da escrita, sobreviver com esse quadro. Creio que fatores de ordem psicológica também contribuíram para o agravamento do quadro, a dissolução do meu lar, o afastamento de minha filha e, enfim, o caos que todos bem sabem.
Meu campo de visão é o pior disso tudo, pois dependo da escrita e da leitura.
Apenas escrevo isso, especialmente para dar uma satisfação a todos os meus amigos e amigas, que tanto reclamam que não tenho escrito com a mesma intensidade.
Peço desculpas a todos. Cheguei aos 60 anos e nesse quadro de pandemia, com essas doenças pré-existentes, tento redobrar os cuidados.
Ainda estou vivo.