Guerra Israel x Irã

Eu tenho uma opinião bem diversa de todos os meus amigos, pois não vejo o Irã em condições de um combate pari passu com Israel. A questão é simples.

Do ponto de vista tecnológico o Irã tem um parque bélico atrasado e sucateado. Engana-se a esquerda, terrivelmente, achando que Putin se aliará com o Irã. Putin é quase um sionista, é aliado de Israel e do sionismo e esse jogo é que o mantem no poder.

Da mesma forma, não acredito que a CHINA entrará em guerra com Israel para defender o Irã, só mesmo crianças acreditam nessa hipótese, nem crianças, aliás.

Israel viu o campo minado ao ser favor, sabe que pode contar com os EEUU e sabe, da mesma forma, que Rússia e China jamais baterão de frente com Israel/EEUU.

Era tudo o que Israel precisava. Tudo favorável aos judeus, até a China,  que sonha em reconsquitar Taiwan, jamais vai se meter nesse jogo.

Só alguém muito idiota, pode crer que a Rússia ainda é a URSS.

Israel usou bem seus estrategos e todos os passos certos. O Irã é um país atrasado e não tem como bancar o enfrentamento com a modernidade de Israel/EEUU.

Israel ataca instalações nucleares do Irã e acende alerta global de retaliação

BRASIL 247

Operação “Leão em Ascensão” visa conter programa atômico iraniano; Netanyahu diz que país vive “momento decisivo” e Teerã promete resposta.

População se reúne após explosões em Teerã (Foto: Reuters)
População se reúne após explosões em Teerã (Foto: Reuters)

 

Israel anunciou nesta sexta-feira (13) que lançou uma ampla ofensiva militar contra instalações nucleares e alvos estratégicos do Irã, incluindo cientistas, comandantes militares e fábricas de mísseis. A operação, batizada de “Leão em Ascensão”, tem o objetivo declarado de impedir que Teerã desenvolva armas nucleares. As informações são da agência Reuters.

“Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em mensagem em vídeo gravada. Segundo ele, a operação deverá durar dias e inclui ataques a centros de enriquecimento de urânio, como a instalação de Nantanz, e ao programa de mísseis balísticos iraniano.

Explosões e alerta máximo no Irã

Moradores da cidade de Nantanz relataram múltiplas explosões nas imediações da principal instalação de enriquecimento de urânio do país. A rede estatal de televisão iraniana confirmou que “várias explosões” também foram ouvidas na capital, Teerã, e que o sistema de defesa aérea foi acionado em alerta total. Um alto funcionário iraniano disse à Reuters que a liderança do país estava reunida em um encontro de emergência.

Estado de emergência em Israel

O governo israelense declarou estado de emergência e espera retaliações imediatas por parte do Irã, especialmente com mísseis e drones. “Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, é esperada uma ofensiva com mísseis e UAVs contra a população civil israelense nas próximas horas”, afirmou o ministro da Defesa, Israel Katz.

Um oficial militar israelense declarou que estão sendo atacados “dezenas” de alvos nucleares e militares no Irã. A mesma fonte informou que Teerã teria material suficiente para fabricar até 15 bombas atômicas em poucos dias.

Estados Unidos negam envolvimento

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que a operação foi conduzida unilateralmente por Israel. “Israel tomou uma ação unilateral contra o Irã. Não estamos envolvidos nos ataques e nossa prioridade é proteger as forças americanas na região”, declarou Rubio em nota oficial. Ele também advertiu que “o Irã não deve mirar interesses ou pessoal dos Estados Unidos”.

Segundo a emissora CNN, o presidente Donald Trump convocou uma reunião de gabinete após os ataques. Na quinta-feira, Trump havia dito que “um ataque israelense ao Irã poderia muito bem acontecer”, embora tenha reiterado que ainda espera uma solução pacífica.

Conversas em Omã em risco

Estava prevista para domingo (15) uma nova rodada de negociações entre Estados Unidos e Irã em Omã, visando conter o avanço do programa de enriquecimento de urânio iraniano. No entanto, com a escalada do conflito, fontes dos dois países e mediadores omanis já reconhecem que os diálogos estão praticamente paralisados.

Reações nos mercados

A notícia do ataque israelense fez os preços do petróleo dispararem mais de 3 dólares por barril, refletindo o temor de instabilidade generalizada no Oriente Médio e possível interrupção no fornecimento global de energia.

Com uma ofensiva de grandes proporções, o conflito entre Israel e Irã atinge um novo patamar de tensão, envolvendo potências globais e ameaçando comprometer negociações diplomáticas cruciais. O mundo acompanha com apreensão os próximos passos de Teerã e as possíveis consequências de um confronto direto entre os dois países.

 

Breve ensaio ficcional sobre uma flauta e o escárnio de uma maldade

*JULIO PRATES

Perseu era um homem pobre. Vivia recluso em sua pequena aldeia, não tinha pretensões, não tinha casa, não tinha meio de transporte, apenas caminhava a pé para fazer suas rotinas. Seus pais dividiram-se entre escolher o nome de um imperador romano ou Perseu, filho de Zeus e Danai, um problemático herói da mitologia grega e acabaram escolhendo o romano.

Entre grego ou romano, foi registrado pelo nome romano, embora sua mãe, desde criança, sempre o chamasse de Perseu, pois ela era convencida dos poderes sobrenaturais de Zeus.

E Perseu foi assim criado, numa aldeia que mesclava a alta erudição com a pobreza de seus pais, que se esforçavam para boa alimentação ao pequeno filho.

Ensinado em escolas rudimentares, precárias, criou-se ouvindo as histórias de sua mãe sobre o império romano, grego, e histórias subjacentes, numa época onde tudo era precário e rudimentar.

O pai de Persou morreu mais cedo e sua mãe morreu logo após alguns anos. Odiado por sua família, aprendeu desde cedo a entender o convívio contrário e as oposições. Foi levando sua vida, quase sempre sem rumo, habitando um pouco em cada lugar, pois sempre soube que a vida lhe levaria a morte e apenas preparou-se para o encontro absurdo.

Quando menos esperava encontrou um presente raro de Deus, uma flauta mágica, que veio a sua vida e começou a lhe ensinar o reviver após seus  sopraninos, contraltos e embora os tenores o encantassem em sua graça e magia e sempre os fundia com os sopranos. E assim, sem rumo, pobre e miserável, redescobriu no amor da flauta um sentido em sua vida e passou a viver o dom angelical de tudo que a flauta mágica o encantava.

Perseu vivia quieto, mas nunca quis nada demais, exceto quando fluiu o amor de sopranos e tenores. A flauta era tão encantadora que só ela sabia ser mágica e sabia tudo sobres seus acordes.

A mãe da flauta mágica de Perseu preferiu buscar o atalho do caminho de Hades e, embora viva, jogou-se em busca de um caminho o qual Perseu não poderia seguir. Apenas assistiu a tudo e reivindicou apenas o direito de ouvir sua flauta. Seus sonhos foram destruídos, pisados, chicoteados, mas resistiu.

Um dia apareceu Tifão, um poderoso homem, que se declarou amigo de Perseu e apaixonado pela flauta mãe. Usando os poderes de Nemesis e Ares armaram tudo o que foi possível para gerar a desgraça em Perseu e a certeza que de sua desgraça ele seria levado ao suicídio. Entretando, Perseu logo entendeu que seu amor pela flauta mágica e seus raros acordes poderiam dar-lhe forças para sobreviver e lutar para que ainda pudesse ouvir sua flauta enquanto fosse vivo.

O poder de Tifão era tão grande e majestoso e ainda era apoiado por Équidna e outras pequenas  hecatonquiras, malversadoras dos nomois e que se achavam donos até dos nomos.

Encurralado, sem outra alternativa, Perseu descobre que precisava jogar todos os feitiços e maldades contra Tifão, embora sem a certeza de que o poderia atingir. Sabendo a oscilação de sua mãe entre gregos e romanos, decide falar com Têmis e Iustitia, embora já tivesse se tornado um á-theo.

Na maldade de Tifão usando hecatonquiras foi relatado as doenças que se abateriam sobre si, até que ele fosse levado ao suicídio.

Entretanto, houve um erro na pretensão de Tifão e Équidna, pois eles nunca imaginaram, nem de longe, que Perseu soubesse mexer com com o ocultismo de sua era, do modernismo. E leitor ávido de Crowley, conhecedor raro de cabala, conhecia até os thelemas de sua aldeia, embora uns soubessem dos outros, nunca nem chegaram perto de Perseu. Haviam muitas incógnitas desde quando Perseu atacou, pessoalmente, Circe, que houvera debochado de Perseu que comemorou seu aniversário sozinho.

Assim, Perseu decide transferir todas as desgraças que Asclépio relatou contra si, para que caíssem sobre Tifão e encomendou sua morte com as doenças que Asclépio tentou impingir-lhe e pedido de Tifão. E assim estudou todas as desgraças que se abatariam sobre o mesmo que afastou sua flauta mágica e vedou-lhe a oitiva de seus sons maravilhosos. E assim fez, usou a magia de afetar os neurotransmissores de Tifão, pois sabia que a doença e o feitiço seriam tão cruéis quanto a dor que Tifão e Équidna, lhe haviam imposto.

Certo dia, um amigo,  embora não médico, mas lhe relatou sobre os passos de Tifão e teve a certeza do afeito dos poderes que invocou.

Agora, quieto, recluso, Perseu apenas estuda em liberar os poderes mágicos que sabe manipular para destruir a todos que lhe causaram dores e sofrimentos. Sabe tudo o que fazer, sabe os rituais, quem atingir e como atingi-los.

Apenas analisa tudo, quieto, calado, introspecto, dormindo no chão e estudando as teses do velho Lorenz, de quem tudo lê sobre cabala.


*É jornalista, sociólogo, advogado e autor de 6 livros.