Lixo de imprensa e lixo de cobertura
Em meu livro A LINGUAGEM JURÍDICA NA IMPRENSA ESCRITA, escrito em 2009 e relançado nesse ano, levanto um debate que sempre achei terrivelmente ruim na grande imprensa nacional.
O jornalista, para fazer cobertura política ou jurídica, tem que ter conhecimentos mínimos. Hoje, eu fico estarrecido com a quantidade de bobagens proferidas. Confusões entre senado e congresso, atribuições e representações dos deputados e senadores … os jornalistas sequer sabem o que é separação e harmonia entre os poderes constituídos da república. E se formos levar o debate para o lado de entes federados … meu Deus … a zorra é total.
Falar em Assembleia Nacional Constituinte livre, soberana, exclusiva e independente recai no mesmo impasse. Ninguém sabe o que é. Ninguém estuda, ninguém lê e todo mundo chuta para todo os lados.
A confusão entre hebreus e palestinos assusta. Quando adentram em sunitas e xiitas, saiam da perto.
Nem estou falando nas imperfeições técnico-processuais que grassam. Não sabem a diferença entre estado e nação, entre cidade e município, entre federação e confederação, entre lei escrita e consuetudinada, entre roubo e furto … meu Deus, tenho mais 300 exemplos no meu livro.
Data Venia, que lixo essa cobertura dos fatos atuais. Que despreparo existe em nossa imprensa.
Pior que isso só aquele programa local famoso, de Porto Alegre, onde apresentaram Jacob Gorender como o mais famoso filósofo alemão. Ele pode ser famoso, adoro ele, li e tenho suas obras, só que ele é brasileiro.
E quando a cobertura vai para o campo internacional e geopolítica internacional, o desastre é maior. Ninguém sabe nada de oriente médio, Ásia e África, a exceção é Rogério Anitablian, em grande sábio.
Cada vez eu me sinto mais deslocado de tudo nessa vida. Não sei que castigo eu ainda tenho para pagar. Senão eu iria plantar batatas, tomar banho de sanga, e comer peixes fritos …