É possível uma revolução à esquerda?

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Honestamente, é claro que não. Não existem condições objetivas e subjetivas para tal.

Desde meus 15 anos vejo falar em revolução à esquerda, conquanto – de sério – temos apenas o exemplo da intentona comunista de 1935, que foi o período mais fértil para um levante de esquerda. É claro, que a Guerrilha do ARAGUAIA, 1973/74, contamina a todos até hoje, mas ignoram as condições de sua força emergente. Curiosamente, o próprio exército é quem mais a fomentava. Sou amigo do médico-psiquiatra Leonardo Grabois, que é sobrinho do Maurício Grabois, líder a Guerrilha. Grabois foi meu secretário-geral na comissão de ética estadual socialista 1989/92.

É claro, quando somos jovens todos vivemos sonhando com a tomado do Quartel de Moncada, em Cuba, em 1953. Isso, de certa forma, gostem ou não, foram as bases da Revolução Cubana.

Passei anos estudando a Revolução Russa, 1917,  Chinesa, 1949, e muito menos a francesa de 1789.  Não entendo até hoje porque a revolução francesa não atrai as atenções de nossa juventude. Curiosamente, é um fato bem divulgado por nossos livros, mas muito pouco aceita pela juventude.

Hoje, tenho claro que um processo revolucionário é múltiplo e nele incidem vários elementos, é só observar a revolução americana 1765/83. A rigor, sequer temos paradigmas revolucionários e toda a esquerda é totalmente submissa ao Estado democrático de Direito, embora a paixão que o Ministro do STF,Alessandre de Moraes desperte em toda a juventude brasileira…

Enquanto nada surge, e nem deve surgir em nosso horizonte tal perspectviva,  devemos seguir sonhando com a realidade. Duvido um petista-raiz que tenha aceito, numa boa, a recepção de Lula a Macron e a entrega do submarino francês com tecnologia francesa a marinha brasileira. Nessas horas todos olham para Putin e veem-no como melhor exemplo, ao invés do francês. a França hoje é odiada e os 3 países africanos que chutaram os franceses. Burkina Faso, Mali e Níger, fazem escola em nosso meio e o repúdio aos franceses é notório dentre nossa juventude e amado pelos nossos adultos.

Eu sou amigo de facebook da Denize Goulart, filha do presidente Jango, a quem conheci no distante ano de 1976. Noto em suas postagem, partindo do pressuposto de que ela representa uma certa elite à esquerda do Rio de Janeiro, sempre uma posição crítica e efervescente contra a França e o domínio colonial-cultural que esses representam.

Com o mundo polararizado dos dias atuais e o incremento bélico-nuclear, é evidente que estamos diante de um nova ordem mundial, expressa na força da Rússia e sua aliança tática com a China e o Irã, embora cada um com interesses díspares.

 

 

 

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