Câmara aprova texto-base do Código Eleitoral com previsão de quarentena em 2026

FONTE – O POVO/AGÊNCIA ESTADO

Após algumas tentativas frustradas, a Câmara aprovou nesta quinta-feira, 9, o texto-base da criação do Código Eleitoral. Foram 378 votos favoráveis contra 80. Promessa de campanha do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), o projeto com 371 páginas e mais de 900 artigos altera uma série de regras sobre o funcionamento dos partidos e o sistema eleitoral em um único texto. Entre os principais pontos está a previsão de quarentena para juízes e militares disputarem eleições a partir de 2026.
Para ser válida para as eleições do próximo ano, a proposta precisa ser aprovada pelo Senado até outubro. O Estadão/Broadcast apurou que os senadores, porém, não devem avaliar a proposta em tempo hábil para que entre em vigor no ano que vem.
Para críticos ao texto, a medida limita a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), restringe a divulgação de pesquisas eleitorais, diminui a transparência e fiscalização de partidos no uso dos recursos públicos, entre outros pontos.
O partido Novo orientou contra a aprovação do projeto. “Por várias razões, como mudança de sistema de prestação de contas, que vai comprometer a transparência, que vai comprometer a comparabilidade, normas que beneficiam partidos com contas irregulares, várias autorizações de gastos que estão tendo uma ampliação, várias alterações de regras para a criação de partidos”, afirmou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).
O Cidadania foi favorável. “Ele foi concebido, através do grupo de trabalho, foi a única maneira que encontramos de estar votando esse tema neste momento, porque é uma compilação de 900 artigos e obviamente não existirá jamais unanimidade em todos, mas nós precisamos estabelecer essa nova legislação”, afirmou o líder do partido Alex Manente (Cidadania-SP).
Numa tentativa de acordo, a deputada Margarete Coelho (Progressistas-PI), relatora do projeto mudou a regra que institui uma quarentena a juízes e militares disputarem eleições. Na versão mais recente do seu texto, apresentado nesta quinta-feira, 2, ela adia a vigência da nova regra de 2022 para 2026.
A proposta proíbe militares, policiais, juízes e promotores de concorrerem nas eleições por um período de cinco anos após deixarem seus cargos. A bancada da bala deve tentar aprovar um destaque para retirar os policiais dessa regra.
O projeto também proíbe a divulgação de pesquisas eleitorais no dia e na véspera das disputas eleitorais, sob o argumento de que isso poderia ter efeitos sobre o voto do eleitor no momento mais próximo de sua decisão.
A deputada também reduz o prazo da Justiça Eleitoral para a análise da prestação de contas dos partidos de cinco para dois anos, “sob pena de extinção do processo”. Ou seja, se a Justiça não conseguir concluir a análise em até dois anos, a verificação pode não mais ser feita, dificultando a fiscalização.
Ainda sobre as contas, o texto estabelece um teto para multas de R$ 30 mil para desaprovação. Hoje, a multa pode ser de até 20% do valor apontado como irregular. O texto trata também sobre o fundo partidário e libera compra de bens móveis e imóveis e em “outros gastos de interesse partidário, conforme deliberação da executiva do partido político”. Coelho determina ainda que seja contado em dobro os votos dados em candidatas e negros para a Câmara, para fins de distribuição do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral.
Há também, entre as mudanças, alteração no entendimento de crime eleitoral em dia de votação e das permissões de campanha. Uso de alto-falantes, aglomerações, boca de urna e transporte irregular de eleitores passam a ser infrações cíveis.
Senado
O projeto foi discutido na manhã desta quinta-feira, 9, entre senadores e deputados. “Dificilmente será aprovado no Senado para valer para o ano que vem. Na Câmara, foi amplamente debatido. Reconhecemos a importância do trabalho da deputada Margarete (relatora), mas é difícil ter um posicionamento sobre 900 artigos em oito ou dez dias”, afirmou o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), um dos relatores da reforma eleitoral no Senado.

 

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Saiu o listão dos aprovados na 2ª fase do exame de ordem SANTIAGO/RS. Curso de Direito da URI dá um show

SANTIAGO
114002653, Beny Da Silva Cristofari / 113033706, Bruna Lamana Fiorenza / 113059138, Bruno Carnellosso Beltrão / 113182052, Caleu Skrebsky Nunes /
113150208, Carla Brandli Guerra / 113108878, Carolina Da Silva Pereira / 113017038, Daniel Frescura Doleys Soares / 113174907, Dienifer Moreira
Brittes / 113297748, Dunnya Kamal Abdel Karim Amer / 113044342, Francine Meira Da Silva / 114004893, Giovanna Parahiba Mulazani / 113188878,
Guilherme Frescura Doleys Soares / 113223183, Janio Almeida Júnior / 113038239, Jennifer Da Silva Sudati / 113099203, Jordana Silveira / 113116147, Liara Ruff Dos Santos / 113196276, Lidiane Thaís Boff Cecchetto / 113152272, Lyandra Rodrigues Maciel / 113185621, Maria Talia Lopes Garcia /
113028035, Milena Dalenogare Paludett / 113128446, Milena Soares Mallmann / 113114987, Nathali Nunes Salbego / 113151397, Nathalie Severo Bochi Do Amaral / 113201957, Patrícia Sampaio Strohhaecker / 113061436, Pedro Vargas De Lima / 113065080, Priscila Machado Dal Osto / 113108664, Regina Tayrini Bassani Carpenedo / 113215277, Renata Saciloto De Bastos / 113111418, Stheffani De Vargas Carvalho / 113149524, Taylla Da Silva Marcheti /113105846, Thalia Gripa Lunardi / 114001404, Thiessa Maria Bianchini / 113004225, Yanka Silva De Moura.

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O áudio fatal

O recuo do presidente Bolsonaro na paralisação-geral têm sérias implicações políticas e estratégicas.

O áudio do próprio presidente pedindo recuo dos seus aliados mais fiéis, sem entrar no mérito de que a tática é certa ou não, caiu como uma bomba na cabeça de milhões de pessoas, de norte a sul do país, leste a oeste, que acreditaram no discurso presidencial.

Esses manifestantes partiram para o tudo ou nada, era vencer ou vencer.

O vídeo é um desestímulo para os empolgados que, afastados a dias de suas casas, dormiam em improvisadas barracas e gritavam epítetos: pela liberdade, pela pátria, pela família.

O programa Terça-Livre seguiu com uma transmissão ao vivo do acampamento em Brasília. As manifestações das pessoas eram de desencanto. Sem exceções.

Logo os sites defensores de Moro (antagonista) … petistas/socialista e trabalhistas, começaram a replicar o áudio fatal do presidente Bolsonaro.

Observando o movimento, nota-se que as pessoas não queriam recuo.

Bolsonaro assinou o divórcio com sua base mais fiel. Fica sem apoio e será muito complicado instar uma resistência sozinho somente com sua pequena base parlamentar.

Talvez a correlação de forças na câmara possa até lhe assegurar a não abertura de impeachment. Talvez, talvez, talvez … É tudo muito incerto e duvidoso.

Quando quiser a volta de sua base mais fiel, será ser tarde.

Bolsonaro, na leitura do seu povo, e de sua base mais magnânima, passa um atestado de pusilânime. Gostem ou não, se esse áudio for verdadeiro, é o fim de sua história e junto naufragará o sonho de uma direita no país. Todos os conservadores, agro, caminhoneiros, evangélicos e militares estarão derrotados. Não há alternativa.

Chegar ao ponto que chegaram e dar esse recuo, meu Deus, até os restos Sun Tsu devem se remexer, apesar da poeira dos 2.500 anos. Certamente, Bolsonaro não leu … ou se leu, não compreendeu nada.

Sua base não perdoa.

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Novo código eleitoral

O Supremo Tribunal Federal formou maioria na tarde de ontem,  8 de setembro de 2021,  para negar uma ação que buscava impedir a votação do projeto do novo Código Eleitoral na Câmara dos deputados.  Assim, cresce muito forte a tendência de que a eleição de outubro de 2022 seja regida mesmo por um novo código eleitoral.

A GRANDE novidade é a quarentena, considerada muito longa, imposta a juízes, promotores, delegados de polícia e militares.

 

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