Os desdobramentos da sucessão municipal em 2024 a partir da eleição de 2022

Curioso debate instado nos bastidores de Santiago. A imprensa local não fala nada que implique tocar no nome do Tiago Gorski.

A rigor, não existe imprensa sincera em Santiago.

Mas vamos adiante. O medo não nos pauta.

Como ficará a sucessão municipal em Santiago no ano de 2024?

Vamos começar pela oposição.

Quem são os nomes mais fortes da oposição para 2024?

A rigor, Bianchini, Marcelo Brum, ambos bolsonaristas, e deve surgir um campo popular e democrático com o PDT e PT. Atualmente, o nome que mais aparece é o do ex-vereador Bueno. Mas é certo que espectro oposicionista local não vai marchar unido. Marcelo Brum não anunciou sua candidatura a prefeito, como prometeu, certamente movido pelo péssimo desempenho obtido dentro de Santiago. Não duplicou e nem triplicou sua votação como esperava. Bianchini, a rigor, ainda não conversou conosco, mas logo saberemos seus planos. Vai tentar reunir a oposição local em torno do seu nome. Ademais, não tem como negar que tanto Gildo como Magdiel crescem muito. Magdiel é jovem e talvez parta para a reeleição. Mas Gildo, agora nos braços fortes do bolsonarismo local e afastado de Bianchini e Cherine, certamente é um nome que ganha peso para o executivo.

Ainda tem aquele setor sonhador, que sempre cogita um nome novo, a cada eleição, enquanto os pepistas dão risadas.

A oposição não tem projetos. não tem nomes, não tem bandeiras específicas e não pensa em Santiago. Só finge que pensa.

No lado governista a coisa está mais transbordante, para o lado bom.

Tiago Gosrki foi o grande vencedor da eleição. Gostem ou não, Tiago foi o nome que saiu mais forte dessa eleição.

Explico-me.

Diziam que Tiago apoiava Pedro Westephalen. Mas esse reduziu sua votação dentro de Santiago, caiu de 2888 para 1705 votos.  Sinceramente, eu não acredito em tal apoio. Como explicar esse decremento de Pedro em Santiago?

Já Marcos Peixoto, onde Tiago gravou um vídeo apoiando seu nome, fez 5698 votos, uma votação bem significativa, considerando que é um jovem e que tinha a pedreira de Marcelo Brum pela frente, que ficou nos 8665 votos. Embora tenha crescido pouco, considerando que na eleição de 2018 fez 6168 votos de Santiago.

Júlio Ruivo, sem sombras de dúvidas, provou ser um nome fortíssimo, embora não tenha sido eleito, fez 14055 votos dentro de Santiago, alcançando a cifra de 49.60% dos votos de Santiago.

Consequência dessa votação expressiva de Ruivo, ele é o nome mais forte do PP para a sucessão de 2024.

Aqui começa o imbróglio.

O candidato de Tiago é Piru Goski e Éldrio Machado.

Contudo, corre solto nos bastidores que Ruivo vai disputar a convenção do PP e existe, na mesma especulação, o nome de Marcos Peixoto(filho) de vice de Ruivo. Embora, frise-se, que Éldrio Machdo é um nome fortíssimo e também sempre cotado nessas eventuais composições.

Tiago é meu inimigo, disso ninguém duvida. Mas para burro ele não serve, não foi por burro que chegou onde chegou. Pelo contrário, é uma águia.

Será que ele vai querer impor um nome na convenção de 2024? Ademais, sabendo das adversidades? Duvido. Como também duvido que ele apoie Ruivo numa boa. Ruivo representa o fim da era Tiago Gorski. Será a trama perfeita da criatura que derrotou o criador e agora teremos a volta do criador contra sua criatura.

Júlio Ruivo é mil vezes mais diplomático que Tiago e faria uma dupla, nos plano de ambos, com Éldrio Machado, com a benção do jornalista e professor João Lemes.

Para por aí?

Claro que não. Ainda temos o assombro do Conselheiro Marcos Peixoto, que, aposentado, quer encerrar sua vida política como prefeito de Santiago. E se Marcos decidir disputar a convenção?

Nessa hipótese teremos 3 nomes fortíssimos. Ruivo, Marcos pai e Piru Gorski.

Hoje, lendo a conjuntura local, o céu para Ruivo parece de brigadeiro, voa com tranquilidade.

As negociações vão avançar ao longo do ano de 2023.

Ruivo é um nome fortíssimo. Pega votos de direita e de esquerda, faz muito o estilo Chicão.

O nome de oposição mais forte, a rigor, é o de Marcelo Brum. Só que o PT e PDT não aceitariam compor com um bolsonarista. Também não sei como anda o ânimo do ex-deputado federal. O fato de ter feito menos votos que na eleição de 2018 deve causar-lhe um profundo desgosto e um impacto psicológico muito forte.

Mas, sem ter o que fazer em 2023, tentará alguma coisa no governo Bolsonaro, em caso de vitória desse. No governo do Estado tá queimado com Lorenzoni e com Eduardo Leite.

Mas – afinal – o que houve com  Marcelo Brum, que, depois do mandato de deputado federal, conseguiu reduzir sua votação?

Eu já escrevi sobre isso antes das eleições e minhas críticas eram bem pontuais. Onde houve tantos erros não visualizáveis?

Tentarei sintetizar.

Graves erros. Sempre grudado em pastores, sem ter uma igreja determinada. Marcelo achava que o cargo era uma dádiva divina e se imaginava uma espécie de embaixador de Deus. O vídeo colado nos pastores envolvidos em corrupção no MEC fez um estrago em sua vida eleitoral sem precedentes.

Especialista em brigas, comprou brigas desnecessárias com toda a imprensa de Santiago e não teve ninguém que o apoiasse. Imaginou-se além do bem e do mal. Dizia representar o agro, mas o agro não estava com ele. Brigou com o sindicato rural.

A briga com seu chefe de gabinete, Dr. Lino, lhe custou muito cara. Pari passu, nunca formou uma assessoria de peso. Acabou com uma chefe de gabinete de Brasília, filha de um pastor, que nunca pisou em Santiago. Sua assessora jurídica era de São Paulo, também nem sabe para que lado fica Santiago. Nunca se preocupou em montar uma estrutura partidária, sempre dizendo que sua política era para as pessoas.

Outro grande erro fatal foi sair de Santiago com bancos e cuias. Marcelo deveria ter consolidado uma base em Santiago  e região. Ao se mudar para Gramado não fez a devida leitura social e antropológica de identidades distintas do povo da Serra com ele que partiu dos pampas. A aceitação e o carisma não se constrói numa mudança de Santiago. E mesmo depois de Gramado mudou-se de novo. Uma sucessão de trapalhadas.

Creio que faltou humildade ao Marcelo, que no primeiro mês de mandato, começou a pensar como rico, comprando camionetas das elites, e esquecendo-se de que político precisa sempre fingir que é humilde, nem que não seja.

Votou contra o fundão eleitoral, mas foi o primeiro a esquentar sua campanha com dinheiro público. Uma  contradição terrível.

Sua distribuição de recursos públicos foi aleatória, sem critérios e sem atar nada com ninguém. Nunca soube costurar nada com ninguém. Jogava o dinheiro e não estabelecia uma conexão na relação custoxbenefício.

Marcelo exagerava para mostrar que tinha grandes aliados dentro do agronegócio,  sem  ser um deles, todos percebiam que seu lance de dizer-se representante do agro soava inapropriação, o mesmo exemplo vale para os motoclistas, não dos mototaxistas, sim, dos boys que fazem das motos trilhas e disputas entre ricos.

Sempre desfilando em camionetões luxuosas, esquecia do confronto que fazia com sua origem e com sua real situação na escala social e econômica.

Na minha avalição, tornada pública antes das eleições, ficava fácil inferir o tamanho do desastre que seria uma atuação sem bases e sem critérios.

Marcelo colheu o que semeou e sua votação, menor que a que fez quando não era ninguém, corrobora a linha de raciocínio. Com 50 anos, seu futuro ainda passa por Santiago e com a votação de 8665  votos dentro  de Santiago, se torna o nome mais forte das oposições para enfrentar Ruivo, embora saiba que vai perder. Melhor seria ser vereador ou sair da política e tentar uma vida religiosa,  como Pastor.

Pastor, gostem ou não, é uma forma de viver sem trabalhar e sem estudar, embora tenhamos notórias exceções no Pastoreio sincero, aqui mesmo dentro de Santiago.

O desenho nos céus de Santiago é Ruivo prefeito em 2025. Mas que se cuide daqui para frente. Podem aparecer filhas fora do enlace,  e será vítima de muita magia negra, como foi Chicão.

É assim que caminha Santiago …

(escrito direto e sem revisão)

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No Capão do Cipó

Na nova eleição em Capão do Cipó, ainda este ano, as dúvidas racaem sobre os nomes. O velho guerreiro Alcides Meneghini devem ter um(a) vice bem mais jovem da política cipoense. Agora filiado ao PSD, tudo pode acontecer no Cipó, inclusive a volta de Sarafin Rosado.

Já no PP parece ser o nome de Malheiros o mais forte e o que mais desponta na mídia. Em menor grau, aparece Cecito. Mas novidades podem surgir.

O comandante da campanha de Meneghini dever o major Müller, o jurídico deve ser o competente advogado Júlio Foster e outros nomes fortes estarão na campanha, dentre eles, Cristian Lencine e Professor Pinheiro.

Será uma bela disputa, principalmente se o PP vier com Malheiros.

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Vitória da OAB-RS

A OAB/RS conquistou duas importantes vitórias que dizem respeito às prerrogativas da advocacia criminal: a garantia da presença dos advogados para acompanhar os depoimentos das testemunhas nas delegacias e a proibição de nomes de profissionais em relatórios de inteligência da Polícia Civil. Acesse: https://bit.ly/3yomMc1.

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Debate na Band

Na noite passada, enquanto tento me curar de um gripão sem precedentes, assisti ao debate na Band entre os candidatos ao governo do Estado.

Ônyx foi decididamente bem melhor. Pegou Eduardo Leite em todas suas explícitas contradições. Embora a linha discursiva de Ônyx fosse até limitada demais.

O drama maior nessa eleição é dos professores, estatistas e defensores de um Estado gigante. O PT perdeu as referências históricas ao apostar tudo num candidato que quer privatizar a CORSAN e o Banrisul. Até nisso, Eduardo deixou uma brecha para Ônyx atacar a concepção atual da privatização do Banrisul e prometeu rever tudo.

Sinceramente, notei Eduardo perdido em suas contradições, e Ônyx sempre na ofensiva.

Ônyx foi muito incisivo em sua pregação neo-evangélica, católico-carismática e conseguiu mesclar um discurso conservador para agradar aos cristãos. Nisso, também foi bem melhor que Eduardo.

Vencendo o debate sobre os costumes e sobre  economia, foi evidente que Ônyx ganhou o debate, afinal matém sua linha coerente e Eduardo precisou se contorcer para agradar a gregos e troianos, opa, petistas e liberais.

Ademais, a posição de Leite de não apoiar Lula e nem Bolsonaro, o coloca numa posição muito complexa, embora esteja jogando nos dois lados. Só que não engana o público bolsonarista, bem definido.

Em síntese, foi um debate morno, mas com visíveis avanços de Õnyx, que venceu o debate com muita facilidade.

Eduardo Leite sempre educado e polido, ontem, optou por uma linguagem agressiva, aparentando uma desfiguração visível, quase beirando o desespero.

Perdeu a elegância linguística, perdeu o debate e marcha para perder a eleição, embora os institutos de pesquisas o coloquem na frente de Ônyx. É claro que é cedo ainda, tem muita campanha pela frente. Mas essa foi a impressão que eu fiquei após o debate de ontem a noite.

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