*JULIO PRATES
Na noite passada eu conversava com um amigo, professor em Porto Alegre, e ele me perguntou se eu sabia do caso de alugueres de namoradas em Santiago.
E contou-me detalhes. Apenas ri e achei que era tudo brincadeira, afinal muita coisa a gente conhece, desde família poliamorosa Macettare, trisais são muito comuns aqui em Santiago, amante de mãe e filha existem casos conhecidíssimos, agora alugueres de esposas e namoradas eu nunca tinha ouvido falar dentro de nossa região. Até sei, como sociólogo, que existem muitos casos especialmente entre chineses e japoneses, mas é uma tradição muito séria e respeitadora. Agora, aqui, confesso que levei na brincadeira.
Os casos macettares ganharam uma força espetacular nos últimos meses. Os trisais são rotinas, isso já existem há anos, multissexualidade ( bissexualidade, pansexualidade, omnisexual e queer). Eu tenho um amigo que namora outro conhecido e ambos namoram a mesma moça. É um trisal multissexual e bissexuual.
Confesso que sou um tanto por fora desses relacionamentos macettares, embora eu próprio vi os dois casais e são vivamente bem relacionados, não me parecem fachadas. Diria até que tais relacionamentos são muito difundidos na umbanda e religiões similares. Já os evangélicos são muito resistentes a tais experiências e são bem mais conservadores, embora o Pastor Caio Fábio – que aceitou e reconheceu publicamente homossexualismo de seu próprio filho – tem representado uma grande abertura democrática no meio evangélico, que é muito fechado aparentemente. O teólogo Osvaldo Luiz Ribeiro, certamente o maior teólogo do Brasil, autor de A TENDA NO NECROMENTE no Youtube, também é muito liberal nos costumes e tem influenciado muito as novas gerações evangélicas.
Meu amigo professor, perto da meia noite, me mandou um link, algo até estranho para mim, onde existia a propaganda das supostas namoradas de alugueres e têm contratos de experiências de 30, 60 e 90 dias e contratos de 6 meses até 12 meses.
Só os valores não são nada acessíveis, pois um mês de aluguer é 3 mil reais.
Como essa tradição é muito prática na CHINA e no JAPÃO, onde tudo é encarado com muita seriedade, até acredito que isso pode pegar em nosso meio. Como tudo que é novidade, nasce com pudores e preconceitos, penso que essa tendência poderá avançar muito, assim como os trisais hoje são quase uma rotina e aceitos socialmente.
Isso não é modismo, é uma tendência mundial de aceitabilidade de novos comportamentos afetivos e sexuais. E isso deve ser encarado com naturalidade e sem preconceitos.
Há dez anos, quando eu escrevi sobre relacionamentos entre homens e robôs, matéria do meu blog foi levada para sala de aula do Doutorado em pedagogia da universidade estadual de Maringá, pela Doutora Marcília Perioto. É assim que as ideias se espalham, apesar da conjunção medíocre em nossa cidade para me impedirem de escrever.

*Autor de 6 livros todos publicados pela PALLOTTI e GRUPO EDITORIAL FRONTEIRA-OESTE, jornalista nacional com registro no MtB nº 11.175, Registration International Standard Book Number nº 908 225 no Ministério da Cultura do Brasil, desde 17 de abril de 2008, Sociólogo 1983/1987, 90/91, Advogado 1994/2004 e Teólogo 2021/2024. Pós-graduado em Leitura, Produção, Análise e Reescritura Textual 2007/2008, com o livro A LINGUAGEM JURÍDICA NA IMPRENSA ESCRITA e também Pós-graduado em Sociologia Rural, 2000/2001, com o livro O IMPACTO DO MERCOSUL NAS PEQUENAS PROPRIEDADES FAMILIARES DO RIO GRANDE DO SUL ( não editado). Embora santiaguense, até hoje nunca foi convidado para a Feira do Livro de Santiago.