Abbas Raad, foto, filho de Mohammad Raad, líder parlamentar do Hezbollah no Legislativo libanês, foi morto em um ataque aéreo israelense nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (23), horário local.
O canal de notícias libanês LBCI informou que ele foi morto em Beit Yahoun, no sul do Líbano. A agência France Presse também confirmou a notícia. De acordo com uma fonte próxima à família, vários outros membros do Hezbollah também foram mortos.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram em uma postagem na quarta-feira (22) à noite que seus caças atingiram infraestruturas do Hezbollah no Líbano.
O ministro da Cultura do Líbano, Mohammad Mortada, declarou em postagem que Abbas Raad “ascende como mártir”, juntamente com outros quatro de seus “camaradas da resistência”.
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NOTA DO BLOG
*Júlio Prates.
É evidente que esse foi um assassinato seletivo e visa atrair o Hezbollah para a guerra.
Benjamin Netanyahu concedeu entrevista na tarde de ontem, afirmando que decretou ao MOSSAD matar líderes do Hamas no território do QATAR e isso complica a situação e compromete a promessa de paz.
O caso fica cada vez mais complexo e é possível que o Hezbollah, que é uma organização política e paramilitar fundamentalista islâmica xiita transnacional fundada no período antecedente à revolução islâmica de Khomeini no Irã para auxiliar a consolidação do poder por Khomeini e os seus apoiantes, mas também tem em seu interior sunitas e cristãos do Líbano.
A vingança agora para incontrolável e a perspectiva de paz que tínhamos ontem, hoje não mais a teremos, até porque os genocidas judeus atacaram mais um hospital em Gaza e mataram 4 médicos do movimento médicos sem fronteiras.
A situação evoluiu de caótica para ridícula, com a posição moloque de Netanyahu, fomentado pelos radicais religiosos de Israel e pelos EEUU. Os radicais religiosos sionistas não querem o acordo de paz e a troca de prisioneiros com os palestinos.
Nada é de se estranhar nesse conflito.
Agora são 2.51 da manhã no Brasil e na faixa de GAZA o dia já clareou. São 6 horas na nossa frente.
General persa Soleimani, assassinado em 03 de janeiro de 2020.
Entramos num quadro de instabilidade total, pois o ingresso no Hezbollah nesse conflito, certamente atrairá o Irã e aí a situação de torna incontrolável, pois a Rússia e a China não vão deixar os EEUU fazeram com o Irã o que fizeram com o Iraque de Sadan Hussein. Não estou dizendo que isso vá acontecer, mas com o assassinato de Habbas Raad é muito provável que tudo venha à tona, inclusive a vingança pela morte do general Qasem Soleimani, morto em 3 de janeiro de 2020 e todos os xiitas ainda juram vingança pelo seu assassinato.
* Júlio Prates é escritor, autor de 6 livros, sociólogo e advogado brasileiro. Jornalista com registro nacional nº 11.175 e registro Internacional nº 908225. Pós-graduado em Produção Textual, Leitura, Releitura, Escrita e Reescrita, também é Pós-Graduado em Sociologia Rural e Doutorando em Teologia Islâmica sobre o Taliban no Afeganistâo. É lido em 52 países.