*JULIO CESAR DE LIMA PRATES
O mal é muito presente nas obras de Dostoiévski. Certamente, o autor russo é quem mais aborda com primazia e rara esperteza a prática do mal, onde muitos, em nossa sociedade, praticam-no e se acham acima do bem e do mal.
Dostoiévski aborda o mal e suas consequências em obras como Os Demônios, Crime e Castigo e Os Irmãos Karamázov. No seu fabuloso livro Os Demônios ele aborda o niilismo (conceito nietzschiano), onde é abordada a destruição fruto de convencimentos pessoais de homens e mulheres que se obececam pelo anacronismo da ausência de valores morais e convencem-se que podem destruir sentimentos e amores, mesmo que sejam valores refletidos em suas mentes doentias e patológicas oriundas dos ciúmes e da inveja de suas almas podres.
Esses seres humanos, mostrados com raridade no filme AMADEUS, onde o músico SALIERI desenvolveu um ódio tão grande contra MOZART, tudo porque ele era quem melhor entendia a obra de MOZART e fez tudo para vê-lo morto, pois a qualidade de sua música e a perfeição dos acordes o perturbavam a ponto dele desenvolver uma doença que só o conformava gerando a morte de MOZART e foi o que ele fez, embora o próprio SALIERI tenha morrido inconformado com a qualidade da música de MOZART.
É certo que eu não sou músico, nem nada entendo de música. Sou um ser humano totalmente insignificante, pobre, miserável, mas tinha um valor que me movia, que me impulsionava a viver. Aí o SALIERI aliou-se uma mulher inescrupulosa e trataram de me afastar do convívio do único significado significante que eu tive em minha vida. Eles agiram juntos, foram cúmplices e o plano deles sempre foi me levar ao suicídio, crentes de que eu não resistiria viver longe do meu significado significante.
O plano deles começou a dar errado quando o Tifão Salieri foi diagnosticado com demência neurodegenerativa. Logo, trataram de mudar os planos, voltaram de onde saíram e pensam em controlar minha vida, imaginando que sou suscetível de ser controlado por mentes doentes. Enganam-se, podem até escrever a separação de um amor puro e sincero como fizeram com a minha vida, mas jamais apagarão a chama sincera de um amor divino e puro, o que nenhum dos dois jamais compreenderá.
Eu apenas dei amor sincero, algo puro, só Deus sabe a extensão da pureza que eu sempre agi, sempre fui sincero e sempre fui avesso a mentira.
Eu posso morrer, é óbvio que vou morrer, mas jamais Salieri conseguirá ser um pouco do que eu sou, sem nenhum dinheiro, nem nenhum poder, pronto para o destino da vida, sem medo e sem temor de nada, pois sempre fui a Verdade e meus sentimentos sempre foram sinceros.
O objeto que ambos tentaram destruir em mim, jamais conseguirão, pois eu sou o amor mais puro que um pai pode ter e isso não morrerá nunca, nem com minha eliminação física. O afeto, o carinho e a grandeza da verdade nunca será alcançada pela pulha demente e seu manipulado tarado sexual, que quis exorbitar-se no poder de minha destruição para satisfazer sua podre concupiscência carnal.
O que ambos, a pulha e o tarado, nunca compreenderão é que eu sempre fui limpo na minha vida, estou pronto para morrer como nasci, pobre, miserável, sem nunca ter buscado nada, mas feliz pelo que eu vivi, pelo alimento simples que imiscuo todos os dias, e sem a falta de todos os eles afastaram de mim, imaginando que eu não sei dos seus jogos pobres.
O tarado já está definhando e a pulha colherá os frutos dos abusos e erros das mentiras que atingiram o dom mais puro de Deus.

*Jornalista MTb-RS 11.75, Jornalista Internacional com registro de Editor nº 908225, Sociólogo, Teólogo e Advogado.
Pós-graduado em Leitura, Produção, Análise e Reescritura Textual e também em Sociologia Rural.
Autor de 6 livros e titular de blog www.julioprates.com desde o março de 2002.