Minuta golpista previa prisão de Gilmar, Pacheco e Moraes e novas eleições; Bolsonaro pediu alterações no texto

FONTE – METRÓPOLE

A investigação da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder descobriu uma minuta golpista que previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

As informações constam da decisão de Alexandre de Moraes que embasa uma operação deflagrada nesta quinta-feira (8) contra militares e ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente teve o passaporte apreendido pela PF e foi proibido de falar com investigados (veja mais sobre a operação abaixo).

Minuta de golpe

 

Segundo as investigações, a minuta de golpe foi entregue a Bolsonaro por Filipe Martins (preso na operação desta quinta-feira) e Amauri Feres (alvo de busca). Bolsonaro pediu na reunião com Martins e Feres que os nomes de Pacheco e Gilmar fossem retirados do documento, mas não o de Moraes. O ex-presidente também quis que fosse mantido trecho que previa a realização de novas eleições.

minuta, já com as alterações pedidas por Bolsonaro, foi encontrada com o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, em operação após o 8 de janeiro de 2013, com ataques às sedes dos Três Poderes.

Transcrição de áudio de Mauro Cid obtido pela PF — Foto: Reprodução

Transcrição de áudio de Mauro Cid obtido pela PF — Foto: Reprodução

A PF identificou que a agenda e os voos de Alexandre de Moraes eram monitorados pelos golpistas para que o ministro fosse acompanhado em tempo integral e, caso houvesse o golpe militar planejado pelo grupo, ele pudesse ser preso.

Segundo o documento da PF, Mauro Cid afirmou em áudio que tinha hacker em busca de uma “bala de prata” que sustentasse um golpe de estado.

As investigações também descobriram que militares da ativa pressionaram colegas contrários ao golpe para tentar fazê-los aderir ao movimento, e que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, recebeu um pedido de R$ 100 mil para ajudar na organização de atos golpistas.

A PF descobriu ainda que o PL, partido de Bolsonaro, foi usado para financiar narrativas de apoio de ataques às urnas. O ápice dessa estratégia foi a apresentação pela coligação da candidatura à reeleição do então presidente, em dezembro de 2022, questionando o resultado da eleição.

Generais reunidos com Bolsonaro apoiaram golpe

Também foi identificado pela PF que, em 9 de dezembro de 2022, o general Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada e se colocou à disposição para aderir ao golpe de Estado, segundo conversas obtidas no celular de Mauro Cid.

A condição de Theóphilo para aderir ao golpe e colocar tropas especiais nas ruas seria que Bolsonaro assinasse uma minuta que determinasse o golpe de Estado.

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Fala dita pelo general Heleno em reunião, segundo a PF — Foto: Reprodução

Fala dita pelo general Heleno em reunião, segundo a PF — Foto: Reprodução

Outro militar a incentivar o golpe foi o então chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Augusto Heleno. Segundo a investigação, o general Heleno cobrou em reunião feita em 2022 que órgãos do governo deveriam atuar para assegurar a vitória de Bolsonaro nas eleições (veja acima).

“Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições”, disse Heleno, de acordo com a PF. “Nós vamos ter que agir. Agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas.”

 

Braga Netto chamou comandante do Exército de ‘cagão’

 

Candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, o general Walter Souza Braga Netto pediu a cabeça e chamou de “cagão” o comandante do Exército, general Freire Gomes, por não aderir ao movimento golpista.

A fala consta em conversa obtida pela PF de Braga Netto com o capitão reformado do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros.

General Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) — Foto: Marcos Corrêa/PR

General Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) — Foto: Marcos Corrêa/PR

Segundo a PF, Braga Netto encaminhou a Ailton Barros uma mensagem que ele teria recebido de um integrante das Forças Especiais do Exército em que Freire Gomes é acusado de “omissão e indecisão” por não agir.

Ailton Gomes sugeriu para que o comandante fosse pressionado a aderir ao golpe e Braga Netto concorda:

Desmaiou: oficial do Exército passa mal ao receber visita da POLÍCIA FEDERAL. O tenente-coronel é comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército e suspeito de contribuir com o golpe de 8 de janeiro

tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, que tem sede em Goiânia, desmaiou nesta quarta-feira (8), ao receber a visita de policiais federais. Ele é alvo da Operação Tempus Veritatis, suspeito de contribuir com a tentativa de golpe de 8 de janeiro.

Policiais federais cumpriam mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Assim que os agentes chegaram, ele precisou ser socorrido às pressas.

REVISTA FORUM

Queda de luz suspende a live de Marcelo Brum

Um fato inusitado ocorreu na noite de ontem durante a live do candidato das oposições de Santiago de direita Marcelo Brum, que é primeiro suplente de deputado federal pelo Republicanos. A luz do prédio caiu e ainda não houve nota explicativa do candidato. Ninguém sabe ao certo o que houve, mas sabe-se que o candidato e sua esposa estão bem. Por enquanto nenhum grupo reivindicou o boicote e nem se conhece a posição da RGE

Na minha opinião era uma live mal feita. Eu, por exemplo, sequer tive acesso as redes do deputado e acabei chegando pelas vias tortas na TV Tchê. A live era muito cansativa e não entrou nos pontos essenciais. Não tinha âncora e só elogiou Bolsonaro. Nenhum elogio a Lula e nem ao excelente governo do PT/PSB e parecia até que o Republicanos não integrava o governo Lula.

A live não teve um preâmbulo e um assunto ía emendando no outro. Confesso que tudo poderia ser diferente, Lucas Figueira poderia ser um excelente âncora. Mas tudo foi de improviso. Muita conversa dispersa e zero de objetividade. Se não caísse a luz ficaria duas horas falando e ainda assim não teria anunciado sua pré-candidatura.

Foi bom cair a luz, se não foi atentado, a sorte de um acidente fortuito salvou-o. Pelo sim, pelo não, hoje tem nova live. Quem foi  linchado pelas críticas foi o vereador do PDT Montano e Gildo saiu-se fortalecido. O ideal é fazer a live de um outro local. O candidato insiste na tese de que é evangélico e casado com a mesmo esposa há 23 anos, aliás, sua esposa também falou na live. Os pastores evangélicos estão quase todos com Piru, especialmente os mais pobres e os mais ricos, da mesma forma. São todos bolsonaristas, mas sào Tiago e Piru, isso é incrível. Marcelo terá que fazer que nem Lula  e arrumar uns pastores fora do circuito.

Aguardaremos as explicações para a queda de luz no prédio onde Marcelo mora.

Eu entendo pouco, mas não gostei do que vi. Muito assunto e pouca objetividade. Notei muita gente do PP se pronunciando. O assunto Gildo ocorreu quando da queda de luz começou. O ideal é levar as provas da pasta rosa.

Nossa pesquisa está na rua com coleta de dados para uma breve sondagem e pelo que captamos tem surpresas na área, grandes surpresas, aliás. E ela envolve a dinastia!

Vamos aguardar os fatos novos.

Ponto final.

Japão é o país que menos crê em Deus

O Japão é o país do mundo onde menos se acredita em Deus, com apenas 19 por cento de sua população crendo em Deus.

No Brasil 89 por cento da população acredita em Deus, sendo um dos países mais deístas do mundo.

Pesquisa mundial sobre a crença em Deus foi divulgada na CBN.