NOTA OFICIAL DO GOVERNO BRASILEIRO SOBRE O ATAQUE DO IRÃ A ISRAEL

O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.

Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

O Governo brasileiro recomenda que não sejam realizadas viagens não essenciais à região e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.

O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado.

Ministério de Relações Exteriores (MRE)

A confusão midiática entre sunitas e xiitas, e a deliberada entre sionistas e antissemitismos (repostagem)

Perto da meia noite fui assistir ao Jornal Nacional no Youtube. Coisa rara, nunca assisto a rede globo.

Mas, de qualquer forma, impressiona os erros dos analistas políticos internacionais.

Apresentam o Hamas como aliado do Irã. Errado, o Hamas é sunita e os  persas, desde a revolução islâmica, 1978/79, são xiitas. O que concluo é simples, não sabem a diferença entre sunitas e xiitas.

O nome sunitas vem da expressão “Ahl al-Sunna”: “o povo da tradição”. Os sunitas defendem que qualquer mulçumano virtuoso poderia suceder o profeta Abu Bakr.

Os xiitas defendem que somente descendentes do profeta Ali Bin-Abu Talib poderiam assumir o comando dos muçulmanos. Os sunitas defendiam que qualquer um, desde que fosse um muçulmano, poderia suceder o profeta  Abu Talib.

Embora ambos lutem contra Israel e contra os EEUU, xiitas e sunitas, são adversários históricos. O Hamas foi criado a partir da Irmandade Mulçumana, organização  presente na Faixa de Gaza desde 1945 e sempre foram sunitas, isto é, defendem que qualquer mulçumano pode suceder o profeta, bem diferente dos xiitas que defendem que somente os descendentes do profeta Abu Talib poderiam sucedê-lo.

Esse ponto de discórdia entre sunitas e xiitas os coloca em campos opostos até os dias atuais. Assim, é um erro dizer que o Hamas tem ligações com o Irã, como fazem os analistas da rede globo.

Já o Hezbollah, que tem suas tropas no sul do Líbano, este sim é ligado ao Irã, pois ambos são xiitas.

Mulçumano é o nome dado a quem pratica a religião Islâmica,  estribada nos princípios concebidos pelo profeta Maomé. Existem muitos povos que são árabes que não são muçulmanos e existem muitos povos muçulmanos que não são árabes. O próprio povo persa, do Irã, não são árabes. Existem muitos brasileiros, por exemplo, que não são sequer descendentes de árabes e que são da religião mulçumana. Pela versão sunita um brasileiro poderia liderar os mulçumanos e pela versão xiita isso jamais poderia acontecer. Não sei se temos brasileiros descendentes do profeta.

O epicentro da origem dos povos semitas, congrega árabes, judeus, assírios, fenícios e aramaicos (Jesus Cristo sempre falou aramaico). Assim, árabes e judeus tem a mesma origem, ambos são semitas. Os judeus não sionistas são grandes aliados dos povos árabes. O problema grave nisso tudo foi a fundação do sionismo, que é o grupo político que segue o premier israelense Benjamin Netanyahu.

Dentro do Estado de Israel existem 17.8% de mulçumanos e 20% da população de Israel é árabe. 2% da população de Israel é cristã.

O sionismo atual começou, em tese, em 1896, portanto, é muito recente.  Tudo iniciou com o livro, O Estado Judeu, escrito pelo Theodor Herzl. Ele começou a defender o direito de os judeus terem um Estado próprio, isso nasceu de uma vertente nacionalista e altamente racista, que é combatida pelos judeus de esquerda de origem marxista, sendo que o próprio Karl Marx era judeu, assim como Lenin, o líder da Revolução Russa de 1917, também como Leon Trotsky, também judeu e líder da revolução russa.

Não sem razão, uma parte do PDT e quase todo o PT (existem exceções) se opõe ao Estado sionista de Israel e defendem os povos palestinos e quase toda a direita defende o sionismo judeu e Netanyahu. As exceções dentre os petistas estão cristalizadas no senador Jacques Wagner, PT da Bahia. 

Recentemente, o jornalista petista Breno Altmann, judeu, tratou o tema do sionismo evangélico, que é defendido por brasileiros, por exemplo, não judeus, mas altamente simpáticos ao sionismo de Netanyahu.