Fernando Freire Dutra em Santiago dia 13 de maio

Acabei de receber ligação do amigo e companheiro Fernando Freire Dutra (foto). E vem a Santiago com grandes novidades. Neto e filho de santiaguenses, nasceu em Brasília e mudou-se para Nova York com apenas 3 anos de idade.

Fernando Freire Dutra chegará em Santiago dia 13 de maio. Virá junto com seu Pai, também santiaguense, Dr. Yamil Dutra, que foi consultor do senado da república e atuou na embaixada dos EEUU.

Chegado de Washington, DC, Estados Unidos, o neto do santiaguense, deputado federal cassado pela ditadura e promotor público, Milton Garcia Dutra, Fernando Freire Dutra, atualmente cursa Mestrado em Política Internacional na Georgetown University, capital dos Estados Unidos, a mais tradicional universidade católica dos EEUU, fundada em 1789.

Fernando Freire Dutra é Bacharel em Relações Internacionais (ESPM-RS) e Mestrado em Gestão e Políticas Públicas pela FGV-Eaesp.

Possui MBA em Concessões e PPP pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), Especialização em Marketing Estratégico (FGV-RJ) e Especialização em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral.

Coordenou o Observatório de Competitividade Estratégica da Agência de Desenvolvimento PóloRS – responsável por identificar informações objetivando a tomada de decisão sobre potenciais investimentos estrangeiros e nacionais para o Estado do Rio Grande do Sul.

Foi Gerente de Governo e Infraestrutura na Ernst & Young e Consultor Sênior na KPMG, mais especificamente em projetos de Parceria Público Privada.

Exerceu o cargo de Secretário Adjunto Municipal na Secretaria de Parcerias Estratégicas de Porto Alegre, sendo responsável pelo Programa de PPPs e Concessões do Município (PROPAR-POA).

Atuou como Diretor na Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia.

Atuou como  Assessor Especial do Ministério da Economia junto a Embaixada do Brasil em Washington-DC e agora é aluno de mais um Mestrado em Política Internacional na Georgetown University, capital dos Estados Unidos.

Ao que tudo indica Fernando Dutra transferirá seu título eleitoral  para Santiago e deverá assinar ficha partidária ficando apto para participação eleitoral vindoura.

 

LEIA ENTREVISTA COM FERNANDO DUTRA NO MELHORES DO SUL

Fernando Freire Dutra morou por um longo período com sua família em Gramado atualmente é Country Head Brazil na Rose Lake Capital, uma Holding Company Americana, e atualmente está residindo em Washington, DC. Foi Adido Econômico  na Embaixada do Brasil em Washington, DC, e Diretor do Ministério da Economia.

Em 2017 serviu como Secretário Municipal Adjunto de Parcerias de Porto Alegre, onde foi responsável pelo programa de desestatização do município. No setor privado atuou em grandes empresas multinacionais, como Gerente de Infraestrutura e Setor Público na Ernest & Young e Consultor Sênior na Divisão de Governo da KPMG. Fernando é Bacharel em Relações Internacionais pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Mestre em Gestão e Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Possui Pós-graduação em Marketing pela mesma instituição, MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (FDC) e MBA em PPPs e Concessões pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Fernando e Brownie em Frente a historica entrada da Georgetown University, onde irá cursar seu segundo mestrado em Politicas Internacionais
Fernando e Brownie em Frente a histórica entrada da Georgetown University, onde irá cursar seu segundo mestrado em Politicas Internacionais

Fernando foi recentemente aceito para cursar seu segundo mestrado em Política e Negócios Internacionais na Georgetown University em Washington, DC, com direito a bolsa por mérito acadêmico.

1 – De Gramado para o Mundo, nos conte um pouco da sua trajetória:

Por mais amor que tenho por Gramado, verdade seja dita, sou um brasiliense! (risadas). Nasci em
Brasília-DF no ano de 1990, local onde morei aproximadamente até meus 3 anos de idade. Filho
de uma servidora do Ministério das Relações Exteriores, me mudei como minha mãe e minha
irmã para Nova Iorque ainda pequeno. De lá, retornei a Brasília um pouco mais velho para morar
com meu pai. E juntos, em 2001, finalmente nos mudamos para Gramado, cidade que vivi toda a
minha adolescência, e uma fase muito especial da minha vida.

Já com 17 anos, me mudei para Porto Alegre, para perseguir meu bacharelado em Relações
Internacionais. Na capital gaúcha vivi durante 10 maravilhosos anos, onde tive fantásticas
experiências no campo acadêmico, profissional e principalmente familiar. Foi lá que conheci a
Vanessa, minha esposa, e o Brownie, nosso cãozinho.

Fernando e Vanessa no habitual programa de sabado em Washington. Manhã de estudos na Biblioteca do Congresso.
Fernando e Vanessa no habitual programa de sábado em Washington. Manhã de estudos na Biblioteca do Congresso.

Em 2018, novamente arrumei as malas,
mas agora acompanhado da Vanessa e com os latidos intrigados do Brownie, e saímos de Porto
Alegre rumo a São Paulo onde foi me oferecido a oportunidade de gerenciar a divisão de
Governo e Infraestrutura da Ernst & Young, uma consultoria americana.

Na capital financeira do Brasil, moramos 2 maravilhosos anos, onde também conclui o meu  mestrado na FGV e onde pudemos explorar a selva de pedra e tudo que a cidade oferece!

E mais importante, foi o lugar que a Vanessa e eu nos casamos! Em 2020, lá fomos nós novamente para
mais uma mudança! Acabei aceitando o convite para integrar o time do Ministério da Economia,
e fazer a ponte aérea Brasília-São Paulo – segundas a sextas em Brasília e finais de semana em
São Paulo – esse bate e volta durante 2 anos, cansativo viu!

Depois de conhecer tudo sobre a aviação civil e os mais específicos detalhes dos aeroportos
brasileiros (risadas), fomos com mala e cuia morar 1 ano em Washington-DC, após ter sido indicado pelo Ministro Paulo Guedes para representar o Ministério da Economia na capital americana. Os 12 meses que lá passamos foram mágicos! Eu a Vanessa e o Brownie vivemos com intensidade tudo o que a cidade oferece. Os museus, a vida cultural, os parques – esse último
o favorito do Brownie.

Conhecemos pessoas maravilhosas, e a história daquele povo – uma sociedade que passamos a admirar demais, especialmente suas tradições e costumes.

Em janeiro de 2023, faltando apenas uma semana para retornamos ao Brasil após o termino de
minha missão na Embaixada em Washington,DC, recebi um incrível convite para permanecermos de forma permanente na capital americana – mais especificamente, uma posição
para trabalhar em uma Holding Multinacional chamada Rose Lake Capital, e em paralelo
também fui aceito para cursar meu segundo Mestrado, agora em Política Internacional, na
Georgetown University na mesma cidade!

 

2 – Iniciou na área pública na Prefeitura de Porto Alegre, depois voltou a iniciativa privada
e posteriormente o ex-ministro da Economia Paulo Guedes te convidou para atuar no
Ministério da Economia em Brasília, DF. Quais os principais feitos em Porto Alegre e
Brasília?

Sem dúvida, dois períodos incríveis! Em Porto Alegre, fui nomeado pelo Prefeito Nelson
Marchezan Jr. para a posição de Secretário Municipal Adjunto de Parcerias Estratégicas. Na
ocasião, fui responsável, juntamente com um time de ouro, por montar, coordenar e executar
toda a carteira de projetos de desestatização de Porto Alegre – o que envolveu diversas
modalidades de contratualizações entre o setor público e a iniciativa privada, entre elas: Parcerias
Público Privadas (PPPs), Concessões, Privatizações, Adoções etc.

 

Fernando Dutra e Nelson Marchezan
Fernando Dutra e Nelson Marchezan

Entre os projetos que estive envolvido diretamente, dou destaque para a PPP de Iluminação
Pública de Porto Alegre, que viabilizou a modernização de todo sistema de iluminação pública
da cidade por LED e o repasse da gestão e operação dos sistemas de iluminação publica da POA
para o setor privado – um projeto destacado nacionalmente e que hoje é referência para muitos
municípios no Brasil. Outro exemplo, foi a Concessão do Parque da Orla do Guaíba – um
trabalho estruturado em conjunto com o Escritório de Projetos das Nações Unidas e o setor
privado, visando modernizar toda Orla de Porto Alegre e virar a cidade de uma vez por todas
para o lindo rio Guaíba. Iniciativa que já pode ser vivenciada por todos que visitam a capital dos
gaúchos.

 

Também trabalhei em projetos que incluem: o Programa de Concessão do Mobiliário Urbano de
Porto Alegre – iniciativa onde o setor privado instalou e passou a manter as paradas de ônibus, as
placas de rua, e o relógios digitais do município; O Programa de Adoções de Equipamentos
Públicos, iniciativa que permite com que pessoas físicas e empresas adotem e mantenham com
recursos privados os parques, as praças, as ciclovias, os viadutos e outros equipamentos públicos
de Porto Alegre; o Programa de Parklets e tantos outros – todos viabilizado por meio de parcerias
entre o setor público e privado.

Já no Ministério da Economia, atuei em dois momentos, ambos como Diretor do Ministério. O primeiro deles foi durante a pandemia da covid-19 em 2020, quando gerenciei as políticas emergências para atender o setor produtivo brasileiro durante o período mais crítico da
crise econômica. E o segundo, quando fui responsável pela gestão e acompanhamento das
políticas microeconômicas voltadas para a melhoria do ambiente de negócios do Brasil.

Entre as principais entregas em âmbito da atuação durante a pandemia, destaco o trabalho que
nosso time fez na execução de 12 forças tarefas emergenciais, resultando no desenvolvimento de
importantes medidas para o setor produtivo brasileiro nesse período. Uma dessas medidas, por
exemplo, foi a viabilização da produção de mais de 16.200 ventiladores pulmonares por meio de
contratos com o Sistema Único de Saúde (SUS), doações e manutenção de equipamentos
danificados, máscaras, aventais hospitalares e álcool gel.

 

Além disso, atuamos junto ao setor
produtivo para ofertar mais de R$ 136 bilhões em volume de crédito concedido às Micro,
Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) por meio de inciativas como o Programa Nacional de
Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), e o Programa Nacional de
Acesso ao Crédito (Peac/FGI).

No que diz respeito aos meus trabalhos gerenciados as políticas microeconômicas, destaco
algumas entregas que tenho orgulho de ter participado, entre eles: a aprovação do Marco Legal
de Gás: que terá a capacidade de gerar 33 mil empregos diretos e promover R$ 74 bilhões em
investimentos nos próximos 10 anos; a aprovação do Marco Legal de Ferrovias: com previsão
de investimentos da ordem de R$ 6 bilhões por ano, capacidade de geração de 120 mil novos
empregos e impacto positivo no PIB de 0,3%; a aprovação da Lei de Cabotagem, com
capacidade de gerar mais de R$ 3,8 bilhões em investimentos contratuais e R$ 780 milhões em
investimentos adicionais nos próximos anos no Brasil, além de reduzir os custos da cabotagem
no país em aproximadamente 15%, gerando mais empregos e novas oportunidades para esse
segmento da infraestrutura. Entre várias outras iniciativas!

3) Você transitou bastante entre o Setor Público e Privado. Embora seja uma trajetória incomum, penso que sua experiência tenha sido muito rica em aprendizados. Quais conhecimentos você levou de um mundo para o outro.

Desde muito cedo em minha vida fui influenciado indiretamente por minha família a seguir uma
carreira envolvendo políticas públicas. Neto de um importante Deputado Federal do Rio Grande
do Sul que marcou uma geração, e de um Militar da Marinha que serviu durante a II Guerra
Mundial na Itália, e filho de Servidores Públicos Federais que serviram no Brasil e no Exterior,
seguir a vida pública sempre foi algo muito natural.
No início de minha carreira, tive experiências interessantes no setor público e no setor privado –
sempre trabalhando em temas relacionados a governos e a políticas públicas. Essas experiências
iniciais me fizeram entender a importância de atuar nas diferentes posições do tabuleiro
profissional.

Nas grandes consultorias privadas que atuei, por exemplo, muitas vezes a leitura de
uma situação política, ou mesmo, a expectativa do tempo da “coisa” pública era muito distinta da
realidade de quem já viveu na prática o meio governamental – algo que acabava frustrando
aqueles profissionais que não entendiam a dinâmica do outro lado da mesa.

 

Fernando Dutra com o Embaixador do Brasil na OEA, Otávio Brandelli. Celebração do 7 de setembro no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Fernando Dutra com o Embaixador do Brasil na OEA, Otávio Brandelli. Celebração do 7 de setembro no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

 

O conhecimento da sistemática política, suas entranhas, seus tempos e contratempos, e os
diferentes atores que influenciam uma decisão pública, só podem ser compreendidos de fato com
uma experiência vivida em governos – tomando as decisões difíceis, e construindo a
sensibilidade de avaliação de cenários no meio público. A partir disso, me interessei cada vez
mais em me aprofundar em ser um profissional mais completo e com propriedade daquilo que
sugeria. Alguém que não apenas conseguisse trazer as experiências das boas práticas do setor
privado, mas também com a propriedade daquele que atuou em diferentes posições de liderança
em governos para indicar os caminhos mais efetivos e que pudesse de fato contribuir.

Nessa minha trajetória, sempre segui uma filosofia de que só podemos sugerir aos outros, ações
que de fato nós vivenciamos na prática, arriscando a nossa própria pele. Foram muitas as
ocasiões no setor privado que notei jovens consultores propondo soluções a governos que por
meio de um PPT ou Relatório Word, por exemplo, pareciam ser excelentes. Mas que na prática,
seria inviável de aplicar, pois mesmo esses consultores tendo o conhecimento técnico e
metodológico, não tinham a profundidade ou o conhecimento das diferentes dinâmicas que
aquelas soluções oferecidas poderiam despertar em um cenário político, com diversos atores e
interesses na complexa “teia” do setor público.
Graças a essas transições profissionais que fiz até aqui, entre o público e o privado, me sinto
muito mais confortável em poder auxiliar, propor ou criticar determinadas soluções. Ainda
assim, como um profissional de políticas públicas, tenho um longo caminho a ser trilhado pela
frente. Mas está claro que a melhor forma de percorrer essa trajetória é me abastecendo de
profundidade e conhecimento de causa, com exemplos vividos que podem ser compartilhados.

4) Em termos de crescimento de carreira, será que vale a pena essa transição do setor
privado ao setor público e vice-versa?


Minha primeira experiência no serviço público foi em 2017, depois de aproximadamente quatro
anos trabalhando em uma consultoria multinacional – fui convocado para servir o município de
Porto Alegre, como Secretário Municipal Adjunto de Parcerias Estratégicas – uma pasta
responsável pela elaboração de projetos de Parcerias Público Privadas e Concessões. Quatro anos
depois, após ter passado por uma experiência de alguns anos no mercado corporativo em São
Paulo, estou novamente atuando no setor público, agora em âmbito do Governo Federal, no
Ministério da Economia do Brasil – em um dos momentos econômicos e sanitários mais
desafiadores de minha época.

Muitos perguntam, o motivo de deixar renomadas consultorias multinacionais, tão disputadas por
jovens profissionais, para ingressar no setor público, caracterizado por ser instável, difícil de
concretizar algo, e muitas vezes, absolutamente burocrático. Minha resposta? Oras, sinto-me
obrigado a devolver ao meu país as oportunidades que me foram dadas até aqui em minha vida.
Tenho certeza que as oportunidades que me foram oferecidas, não são uma realidade para todos
os cidadãos brasileiros. Fazendo parte de uma minoria privilegiada, a melhor foram de retribuir é
por meio do trabalho e ajudar o setor público com as experiências que foram me passadas.

É verdade que a troca não é de mão única. O Setor púbico nos ensina muito sobre como lidar
com as adversidades, com as relações pessoais, como encontrar incentivos em pequenas conquistas, como suportar pressões de diversos lados simultaneamente, e ao mesmo tempo,sentir-se extremamente  recompensado quando as coisas funcionam e você nota que sua decisão influenciou positivamente a vida de milhares de brasileiros.

 

Fernando Dutra com o Professor John Bourn, em um das aulas na London Scholl fo Economics. Uma dos maiores especialistas do mundo em PPP.
Fernando Dutra com o Professor John Bourn, em um das aulas na London Scholl fo Economics. Uma dos maiores especialistas do mundo em PPP.

Um amigo me definiu o setor público como sendo uma montanha russa de emoções, dias
completamente angustiantes, superado por dias absolutamente incríveis. Uma constância de dois
extremos, dia sim e dia não. Apenas o fato de saber lidar com tudo isso, mantendo a calma, o
foco e sempre com a mira no objetivo que me levou estar ali, já é muito recompensador – e sem
dúvida uma aula de inteligência emocional para minha carreira e vida – algo que empresa
privada alguma poderia me ensinar.
Assim como eu, são inúmeros os colegas que, da mesma forma, deixaram suas vidas no mercado
corporativo para ingressar um período no setor público brasileiro. Mas o que está acontecendo e
qual o motivo desse movimento?
Sinto que muitos de minha geração simplesmente cansaram de criticar. Resolveram atuar, e atuar
com as melhores ferramentas que existem – o cérebro, as mãos e a vontade de fazer acontecer.

São talentos vindo das principais capitais do país: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro,
Porto Alegre, entre outros. Tiraram um período definido de suas vidas e carreiras promissoras
para se dedicar 100% em servir ao público, ganhando muito menos e, na maioria das vezes,
vivendo longe de suas casas, amigos e família. Não é incrível isso?!

São Economistas, Administradores, Engenheiros, Advogados, Especialistas, Mestres, Doutores,
todos com o mesmo objetivo, ajudar e se dedicar de corpo e alma aquele trabalho e as pessoas
que nem conhecem. Uma comunidade incrível de indivíduos e cidadãos que por alguns meses e
anos, deixaram de pensar em si mesmos, para se dedicar e passar trabalho em prol do público.

Mas é possível transformar isso em algo constante? Oras, já sabemos que o ato de servir o
público é imposto de forma obrigatória em muitos países. Não é porque jovens são obrigados a
servir o público que um país é considerado uma sociedade forte no sentido de tecido social
unido. É justamente a não obrigatoriedade de tudo isso, que torna esse fenômeno incrível. É o
voluntarismo dessa situação que faz esse movimento seja realmente verdadeiro.

Essa experiência, sem dúvida, irei passar para meus filhos, e vou querer mostrar a importância
disso para eles. Tenho certeza de que meus colegas farão o mesmo. O espírito público, o tecido
social, se constrói por meio de exemplos reais e positivos. Para um Brasil melhor, será necessário
sair dos textos, das críticas, do amargor, do apontar dos dedos.

Para construirmos um país decente, temos que dar exemplos que realmente podem ser levados e repassados de geração para
geração. Isso tudo começa em casa, com os importantes exemplos dos pais e mães.

 

A pedido da OAB, MEC renova suspensão de análise para cursos de direito em EAD

Informativo Nacional da OAB noticia/60792

Atendendo a pedido do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério da Educação (MEC) determinou o sobrestamento dos processos de autorização, reconhecimento e renovação de cursos de graduação em direito, na modalidade à distância (EAD). A portaria, publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (9/3), inclui outras áreas do conhecimento e recria o grupo de trabalho para apresentar subsídios com vistas ao aperfeiçoamento da regulamentação do EAD nessas áreas.

“Solicitamos ao MEC a ampliação do prazo de suspensão de novas aprovações para que possamos encaminhar um bom termo à questão. A Ordem tem uma posição institucional de zelar pelo ensino do direito e a precariedade de vários cursos significa uma preocupação antiga, de não legar à sociedade profissionais mal formados”, destaca o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti.

Em 8 de fevereiro, Simonetti se encontrou com o ministro da Educação, Camilo Santana, para discutir a qualificação do ensino jurídico, quando houve a solicitação para que o sobrestamento, iniciado em setembro do ano passado, fosse mantido.

O grupo de trabalho recriado terá 270 dias para apresentar conclusões, sem vinculação a decisão posterior do ministério sobre o tema. O prazo poderá ser prorrogado por igual período. Além do Conselho Federal da OAB, o próprio MEC e autarquias ligadas ao ministério indicarão representantes para compor o colegiado, e também os Conselhos Nacionais de Saúde, Odontologia, Psicologia e Enfermagem.

Encontro no MEC

No encontro com o titular do MEC, em 8 de fevereiro, a OAB também defendeu a definição de um marco regulatório específico, que permita a avaliação dos cursos de direito, para que se evite a abertura desproporcional de vagas, sem garantia de qualidade.

A Ordem ainda pediu que o Parecer Nacional de Ensino Jurídico tenha caráter definitivo e vinculativo para abertura de novos cursos.

OAB é contra cursos 100% EAD

Para a OAB, que mantém sua posição contrária à liberação de cursos de direito 100% EAD, a medida é um avanço no combate à precariedade do ensino jurídico no Brasil, refletida no baixo índice de aprovação dos formados em direito no Exame de Ordem Unificado, necessário ao exercício da advocacia.

A portaria do MEC se refere apenas a processos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos e não obstará o protocolo, a instrução e avaliações in loco de pedidos de autorização, reconhecimento e renovação.

Leiam e entendam

Como eu não represento nada e nem ninguém, sou apenas um jornalista e tenho um blog, modesto, mas meu extreme tracking acusa sempre mais de 12 mil acessos diários, chegando as sexta-feiras aos 18, 20 mil visualizações.

Outro dia eu fiquei lendo, com detalhes, o canal do Josemar, que gravou os vídeos críticos a direção de uma igreja. Os vídeos dele têm 600, 700, 900 visualizações. Agora o vídeo que eu republiquei no meu blog, deu 27 mil visualizações. 

Eu faço política por amor. Não recebo um centavo de ninguém do setor público. Tenho minha formação, meu trabalho e vivo modestamente, mas cumprindo minhas obrigações.

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Mudando de assunto.

A promotora MICHELE TAIS DUMKE KUFNER decidiu trabalhar na sede do MP, em pleno sábado pela manhã, certamente para adiantar serviços. Eu trabalho ao lado do MP e vi sua abnegação elogiável. Coisa séria. Deve ser um assunto muito grave.

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OUTRO ASSUNTO

Eu nunca tinha visto professor adiantar decisões  e nem a posição ministerial. Agora passei a acreditar em coisas que falavam pelas ruas, bares e charnecas, onde os pobre se reúnem para falar assuntos da elite. Em Santiago tem de tudo e da de tudo.