O meu Deus não é o mesmo Deus de Israel, meu Deus é o Deus dos palestinos … Eu sempre andei no meio dos pobres, dos negros, dos desdentados, dos homossexuais e das prostitutas. Esse é o povo o qual eu me identifico.

E e minha filhinha NINA, 13 anos.
Eu e minha filhinha NINA, 13 anos.

Eu duvido quem consiga comer em paz no Brasil, sabendo o que o Estado carniceiro e assassino de Israel está fazendo com a população civil de Gaza, especialmente as crianças.

Há dias acompanho o massacre e sinto a nossa impotência enquanto Estado; Israel promove uma limpeza racial, bem ao estilo do que os nazistas fizeram com o povo judeu. Os sionistas, saíram da condição de oprimidos e passaram a oprimir, defendendo a pureza racial e a limpeza étnica.

Não adianta os evangélicos virem com o papo furado de terra santa, povo escolhido de Deus e tudo mais que usam para convencer os tolos.

Eu defendi Israel, defendi o povo judeu, mas noutras circunstâncias. Hoje, o governo de Israel é genocida, cruel e a grande imprensa manipula a opinião pública mundial, dando a entender que existe uma guerra do Hamas contra o Estado de Israel. O Hamas é um grupo diminuto que não representa o pensamento do povo palestino. Errado é confundir todo o povo palestino como se todos fossem do Hamas. É um erro sem precedentes e um abominável erro histórico.

A faixa de Gaza já era uma prisão a céu aberto. Era uma vergonha o que faziam com aquele pobre, miserável e esquecido povo. Agora, com o bombardeio a hospitais, igrejas, escolas, creches e mesquitas, amplia-se o terror de Israel contra a população civil palestina.

Há dias eu ando mal, sinto-me fraco e impotente e sei que milhares de brasileiros pensam como eu e têm o mesmo sentimento de piedade, de dor e de angústia.

No nazismo, não tínhamos redes sociais, mas, hoje, em plena era científica e tecnológica, os fatos são filmados e as imagens correm o mundo, no mesmo instante.

Há muito tempo, há muitos anos atrás, eu renunciei esse Deus dos judeus, esse Deus dos evangélicos, esse Deus dos sionistas judeus e dos sionistas evangélicos. Para ser bem franco com as pessoas amigas que leem meu blog, sequer sei se existe esse Deus. Mas se existir Deus, ceu e inferno, eu escolho o caminho do inferno, não quero ir para o céu ao lado dos evangélicos e ao lado dos judeus assassinos e genocidas. O inferno, como todos aqueles palestinos pobres, massacrados e açoitados, tem tudo a ver comigo e se todos vão para o inferno, diversamente do povo escolhido de Deus, os judeus, eu quero e escolho por antecipação o inferno. 

A última vez que estive com minha filhinha, a Nina, ela perguntou-me porque eu era um advogado  pobre, se todos os advogados ganham muito dinheiro?

O que minha filha não entendeu em mim é que minha vida foi consagrada para ajudar os fracos e os que sofrem. O dinheiro nunca me atraiu. Eu sempre andei no meio dos pobres, dos negros, dos desdentados, dos homossexuais e das prostitutas. Esse é o povo com o qual eu me identifico. É com eles que eu me sinto bem, é com eles que eu sinto prazer um dividir um pedaço de pão e um prato de comida.

Curiosamente, talvez minha filha nunca vá me entender, eu não sinto atração por dinheiro, por poder e nem me seduzo por carrões, camionetões e nem casas de luxo. Sempre fui de ter um quartinho onde pudesse repousar e nunca quis ter além disso.

Meus dias têm sido muito tristes; descobri a extensão da traição, do cinismo e da hipocrisia de pessoas que diziam amigas, mas viviam loucas para me cravar um punhal nas costas, exatamente como uns umbandistas de Unistalda me alertaram. Vivi para viver o que estou presenciando e para ver o quanto é podre a vida dessa gente que se diz rica e se aproxima da gente … sua avidez é cega pelo punhal em nossas costas, pela semeadura da destruição, pelo sadismo em ver-nos sofrer e pelo prazer de saber que estão matando as únicas coisas no mundo as quais damos valor. É claro, é evidente, que existem pessoas ricas que são boas e decentes, embora minha opção seja sempre pelos pobres, pelos fracos, pelas prostitutas que precisam ganhar o pão, pelos homossexuais que são vítimas desse machismo torpe que vivemos em nosso meio, pelos negros que pagam pela discriminação da cor de sua pele. Em suma, eu tenho uma escolha e tenho um lado, quero viver e morrer sem perder um milímetro de minha identidade.

A minha filha não foi criada por mim e nem nunca pude lhe falar dos valores que eu defendo e da causa dos pobres, dos excluídos e dos açoitados.

Na política, eu ando pelo PT, pelo PSOL e pelo PDT, devido as políticas sociais de compromissos com os pobres. Apenas por isso.

Fizeram de minha vida uma fonte  de inimizade com católicos e padres. Paciência, eu aceito o que me destinaram. Pastores, sinto muito, não vejo como homens podem viver sem trabalhar, apenas pregando palavras vazias. Existem os que acreditam. Confesso que tentei acreditar no mesmo Deus, mas somos tão diferentes, é como o Deus dos palestinos e o Deus de Israel, eu sempre vou ficar com o Deus dos palestinos.

Minha filha vai tentar me entender algum dia. Meu blog ficará para sempre. Um dia ela vai ela vai ler e entenderá o sentido da vida, que algumas pessoas não sentem atração por dinheiro, nem sentem atração por poder, carros e casas. Um dia, Nina entenderá que algumas pessoas são satisfeitas com o que têm e que esse é o caso do homem que lhe deu seu sobrenome. Talvez um dia ela até queira mudar e talvez sinta desprezo por mim e de minha atitudes de identidades.

Eu sou único. Sou só e certamente morrerei só. Quero apenas deixar pago um plano crematório, aqui mesmo em Santiago, onde o crematório será ativado a partir do próximo ano. Talvez esse seja meu último desejo.

Por enquanto, vou levando a vida, sempre achando um pobre para eu defender sua causa. Ultimamente, nem comida mais me dá prazer. Estou despido de tudo,  cru e pronto para dormir mais uma noite sem sentido, sem sonhos e sem esperanças. Mas com as mãos estendidas para os que me procuram.

Poderia ser cálido?

 

 

 

STF aprova súmula que prevê fixação de regime aberto e substituição de pena para tráfico privilegiado

FONTE – STF

Benefícios são obrigatórios, desde que o réu não seja reincidente e não haja circunstâncias judiciais negativas.

Na sessão desta quinta-feira (19), o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou Proposta de Súmula Vinculante (PSV 139) para fixar que o regime aberto e a substituição da pena privativa de liberdade (prisão) por restritiva de direitos (alternativas à prisão ) devem ser implementados quando reconhecida a figura do tráfico privilegiado.

O tráfico privilegiado está previsto na Lei de Drogas (Lei 11.343/2006, artigo 33, parágrafo 4º) e consiste na diminuição da pena de um sexto a dois terços aos condenados que forem primários, tiverem bons antecedentes e não integrem organização criminosa.

A PSV 139 foi formulada inicialmente pelo ministro Dias Toffoli, quando exerceu a presidência do Tribunal. De acordo com o ministro, o STF já reconheceu que o tráfico de entorpecentes privilegiado não se harmoniza com a hediondez (maior gravidade do crime) do tráfico de drogas, o que, a seu ver, reforça o constrangimento ilegal da estipulação de regime inicial de cumprimento de pena mais gravoso, em especial o fechado, quando ausentes vetores negativos na primeira fase da dosimetria da pena.

A versão aprovada do texto teve o acréscimo sugerido pelo ministro Edson Fachin para que o benefício alcance a reincidência que não for específica, ou seja, no caso em que o réu não for reincidente pela prática do mesmo crime.

A redação aprovada para a súmula vinculante foi a seguinte:

“É impositiva a fixação do regime aberto e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos quando reconhecida a figura do tráfico privilegiado (art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006) e ausentes vetores negativos na primeira fase da dosimetria (art. 59 do CP), observados os requisitos do art. 33, § 2º, alínea c, e do art. 44, ambos do Código Penal”.

Instrumento jurídico

A súmula vinculante é instrumento jurídico instituído pela Reforma do Judiciário (EC 45/2004) para conferir segurança jurídica e uniformização de decisões judiciais. Somente o STF edita súmula vinculante, cujo entendimento deve ser adotado pelos demais órgãos do Poder Judiciário e pela administração pública.

SP/CR//RM

PF prende servidores da Abin por uso irregular de sistema de geolocalização

FONTE – CNN

Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (20), uma operação para investigar o uso do sistema de geolocalização de dispositivos móveis por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sem a autorização judicial.

Dois servidores da Abin foram presos preventivamente em Brasília. A PF também cumpre 25 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Também estão sendo cumpridos cinco mandados de afastamento da função pública de funcionários da atual gestão da Abin. As medidas cautelares foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. “A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, disse a Polícia Federal em nota divulgada nesta sexta-feira (20).
Os investigados podem responder pelos crimes de: invasão de dispositivo informático alheio; organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

CNN procurou a Abin para comentar a operação e aguarda retorno.


NOTA DO BLOG

Essa notícia é interessante. Ontem, eu oficiei a Comissão de DH porque eu estava sendo cuidado, sem ordem judicial, por bisbilhoteiros a serviço de particular de um escritório de POA e eu sei quem é o sub que mandou fazer o serviço sujo. Bem ao estito do que acontece no macro, acontece no micro. Perda de tempo do idiota que caiu no papo, pois agora quem vai ter que se explicar será ele e não eu.