O DIÁRIO DE JÚLIO CÉSAR

Nas águas azuis do Caribe, envolto não pela natureza, mas por atos nefastos, jaz Little St. James, uma ilha que se tornou sinônimo dos segredos mais obscuros. Comprada em mil novecentos e noventa e oito por Jeffrey Epstein, um financista de reputação enigmática e depravação moral, este refúgio de vinte e oito hectares e quarenta e três ares e setenta e sete centiares foi transformado de um paraíso tranquilo em um teatro do ilícito, um lugar onde a inocência não foi perdida, mas roubada.

A ilha, com suas margens adornadas por palmeiras e enseadas isoladas, tornou-se o altar profano das indulgências mais sinistras de Epstein. Foi aqui, longe do olhar escrutinador do mundo, que a elite se reuniu, suas chegadas e partidas envoltas em segredo a bordo do Lolita Express. Este jato particular, um Boeing setecentos e vinte e sete, tornou-se um emblema aéreo de uma aristocracia perversa, transportando figuras cujo poder e prestígio não puderam protegê-las da mancha de associação. Ao pôr do sol em Little St. James, as sombras se alongavam, e o silêncio falava volumes.

 

Os sussurros dos maltratados, os gritos silenciados por ajuda, ecoavam pelas paredes de uma grande propriedade que era menos um lar e mais uma fortaleza da depravação. A prisão de Epstein em julho de dois mil e dezenove prometeu um acerto de contas, ainda assim, sua subsequente morte em uma cela de prisão em Manhattan no dia dez de agosto de dois mil e dezenove, deixou uma narrativa marcada por buracos gigantescos e perguntas assombradoras. Quem foram os arquitetos deste enclave sombrio? O que aconteceu por trás das portas fechadas de mansões opulentas e a bordo de voos que não conheciam horizonte? À medida que nos aventuramos nas profundezas sombrias desta saga, somos guiados pela perspicácia aguda de Honoré de Balzac, um novelista e dramaturgo francês, que observou, “Por trás de cada grande fortuna jaz um grande crime.” Este lembrete austero nos chama a ponderar sobre as maquinações ocultas por trás da riqueza e poder acumulados. Você está preparado para olhar para o abismo, para confrontar as verdades arrepiantes que se escondem nos cantos do poder e da depravação? Junte-se a nós enquanto desvendamos a saga torcida de Little St. James e o Lolita Express, uma jornada ao coração das trevas que é o legado de Jeffrey Epstein.

Bem-vindo ao diário de Júlio César. Desvendando o Enigma. Os Anos de Formação de Jeffrey Epstein. No tecido da alta sociedade moderna, poucos fios são tão enigmáticos e sombriamente tecidos quanto a vida precoce de Jeffrey Epstein. Nascido na agitação do Brooklyn pós-guerra, Nova Iorque, em vinte de janeiro de mil novecentos e cinquenta e três, a história de Epstein começou. Seus pais, Seymour e Pauline Epstein, eram a personificação do sonho americano da classe trabalhadora. Seymour trabalhava diligentemente para o Departamento de Parques e Recreação da Cidade de Nova Iorque, enquanto Pauline era a cuidadora, uma dona de casa, em sua modesta residência em Coney Island — um lugar vivo com o riso dos parques de diversões, mas também sombreado pelos desafios da vida urbana. Foi aqui, no paradoxo de Coney Island, que a narrativa de Epstein tomou raiz, em um cenário que contrastava fortemente com a opulência pela qual ele mais tarde seria conhecido.

É possível uma revolução à esquerda?

Honestamente, é claro que não. Não existem condições objetivas e subjetivas para tal.

Desde meus 15 anos vejo falar em revolução à esquerda, conquanto – de sério – temos apenas o exemplo da intentona comunista de 1935, que foi o período mais fértil para um levante de esquerda. É claro, que a Guerrilha do ARAGUAIA, 1973/74, contamina a todos até hoje, mas ignoram as condições de sua força emergente. Curiosamente, o próprio exército é quem mais a fomentava. Sou amigo do médico-psiquiatra Leonardo Grabois, que é sobrinho do Maurício Grabois, líder a Guerrilha. Grabois foi meu secretário-geral na comissão de ética estadual socialista 1989/92.

É claro, quando somos jovens todos vivemos sonhando com a tomado do Quartel de Moncada, em Cuba, em 1953. Isso, de certa forma, gostem ou não, foram as bases da Revolução Cubana.

Passei anos estudando a Revolução Russa, 1917,  Chinesa, 1949, e muito menos a francesa de 1789.  Não entendo até hoje porque a revolução francesa não atrai as atenções de nossa juventude. Curiosamente, é um fato bem divulgado por nossos livros, mas muito pouco aceita pela juventude.

Hoje, tenho claro que um processo revolucionário é múltiplo e nele incidem vários elementos, é só observar a revolução americana 1765/83. A rigor, sequer temos paradigmas revolucionários e toda a esquerda é totalmente submissa ao Estado democrático de Direito, embora a paixão que o Ministro do STF,Alessandre de Moraes desperte em toda a juventude brasileira…

Enquanto nada surge, e nem deve surgir em nosso horizonte tal perspectviva,  devemos seguir sonhando com a realidade. Duvido um petista-raiz que tenha aceito, numa boa, a recepção de Lula a Macron e a entrega do submarino francês com tecnologia francesa a marinha brasileira. Nessas horas todos olham para Putin e veem-no como melhor exemplo, ao invés do francês. a França hoje é odiada e os 3 países africanos que chutaram os franceses. Burkina Faso, Mali e Níger, fazem escola em nosso meio e o repúdio aos franceses é notório dentre nossa juventude e amado pelos nossos adultos.

Eu sou amigo de facebook da Denize Goulart, filha do presidente Jango, a quem conheci no distante ano de 1976. Noto em suas postagem, partindo do pressuposto de que ela representa uma certa elite à esquerda do Rio de Janeiro, sempre uma posição crítica e efervescente contra a França e o domínio colonial-cultural que esses representam.

Com o mundo polararizado dos dias atuais e o incremento bélico-nuclear, é evidente que estamos diante de um nova ordem mundial, expressa na força da Rússia e sua aliança tática com a China e o Irã, embora cada um com interesses díspares.

 

 

 

31 de março de 2024

Passo o domingo de Páscoa , mais uma vez, longe de minha filhinha. Saudades é só o que me marca hoje estou com apenas alimentando-me de peixes.

Não participo de nenhum ritual religioso. Hoje, sou mais ateu que dantes. Ainda não tenho claro quem sou no campo teológico. Aproveito para mandar um forte abraço ao Dr. Davi Damian, que estranhamente era amigo de minha irmã, a Alzira Damian. antes de mim. Gosto muito dos meus diálogos com o Davi, pois é um moço muito inteligente, sagaz e concluindo, com brilho, seu Doutorado na UFRGS.

Eu gosto muito do Davi pela riqueza e profundidade dos nossos diálogos, é uma pessoa finíssima e estudiosa. Emendamos os assuntos universais com a nossa aldeia, dentro da máxima deTolstói, que foi quem eu resgatei para descrever meus livros, simples, mas marcantes com a presença em Santiago. Passei para Davi a extensão das manipulações que nos defrontamos com a psico. Ele é um raro observador e bom anotador de todas as subjetividades.

Hoje firmamos o compromisso pelo não novos golpes militares. A data é propícia para as lembranças. Lamento que todos os bolsonaristas sejam co-partícipes dessa tentativa de volta ao passado e violação do Estado democrático de Direito.

Sem querer, detive-me a observar uma foto sobre Nova Esperança do Sul. É uma foto do pessoal de direita e o que identifiquei na foto, mesmo sem querer, é o tamanho da implosão que o médico Segatto vai promover no PDT e ainda fortíssimo candidato a prefeito. O entrelaçamento de familiares é algo bem conhecido de nós, velhos sociólogos. sobre um certo lugar e em NES é nítido isso. Não sei como estão as costuras municipais e ainda é muito cedo para tais, mas é muito provável que o PL desbanque o PDT local devido o peso e a ampla aceitação do médico Segatto.

Aqui em Santiago, lamentei a retirada da candidatura do advogado Júlio Garcia, amigo desde 1978 e ainda essa semana lembrei ao Júlio, num áúdio, de um encontro nosso com o radialista Carlo Antônio, da nossa histórica Rádio Santiago, Lembro-me que o Júlio levantou para o Carlo Antônio a proposta de criação do PT, que veio a acontecer em 1980. Também lembrei ao Professor João Érico, quando a candidatura de NELSON JOBIM apareceu aqui em Santiago e foi entusiastamente abraçadada por um setor jovem do MDB que não tinha ligação com o meio jurídico e também pelo Adilson Lima, que acabaria tornando-se advogado anos depois.

Aqui em Santiago ao que tudo indica teremos um confronto entre Marcelo Brum e Piru Gorski. Essa semana, na cafeteria com Davi Damian, ele perguntou-me sobre as chances de eleição de Tiago Gorski. Falei-lhe fracamente o que eu penso, que o Tiago é muito bem formado, só não sei qual sua estratégia para romper o furo fora da grande Santiago. A tática eleitoral de Tiago que conhecemos é restrita a Santiago e ele deve estar dando uma de Chicão, que estudava e mapeava tudo. Como Tiago não concede entrevista e a imprensa é domesticada, e não lhe pergunta nada, sequer sabamos como pretende semear sua candidaturafora de Santiago. Chicão teve a clara intenção de não se fazer passar por fronteiriçõ e foi vender sua candidatura em Santa Maria e grande Santa Maria, região de Bento Gonvalves/Caxias e região metropolitana de POA. Sem querer, quero crer, Chicão acertou na mosca. Também nada sei sobre como Marcelo Brum pretende semear sua candidatura, mas se o entendo um pouco, deverá ser tudo com mais fé e menos política. Vai, mais um vez, apostar suas fichas em Deus e vamos aguardar para ver se aconteceo milagre diante de Piru Gorski. Estou tão por fora de Santago que, honestamente, nem sei qual é a religião do nosso vice-prefeito.

Fui convidado para trabalhar, na campanha eleitoral,  com um grupo midiático/gospel de POA, mas a idéia de sair de Santiago é pouco alimentadora. É muito cedo para quaisquer tentativas midiáticas antes do tempo e não penso nenhum pouco em sair de Santiago. Só sairia de Santiago por um motivo fortemente revolucionário e popular. E creio que vou morrer sem ver nenhuma revolução. É melhor deixar as coisas fluírem. Com o PT e sua vocação de administrar bem o capitalismo e o neoliberalismo, também estão seguros todos os movimentos sociais mais à esquerda, mesmo os mais incendiários.

Boa Páscoa a todos, boas festas e bons almoços.

Notícias da OXFAM Brasil

Olá, Julio Prates.
Tudo bem?

Tivemos muitas novidades no mês de março. A principal delas é o anúncio da Viviana Santiago na direção executiva da Oxfam Brasil, a partir de abril.

Além disso, pressionamos autoridades brasileiras a agirem em defesa das pessoas que protegem as florestas, a tomarem medidas pela paridade racial e de gênero em cargos legislativos e pela necessidade de tributação sobre combustíveis e fósseis.

Boa leitura!

Viviana Santiago será a nova diretora executiva da Oxfam Brasil

Atuante na pauta de raça e gênero e com larga experiência em direitos humanos, diversidade e inclusão, políticas de combate às desigualdades e no campo da Cidadania Ativa, Viviana Santiago assume a diretoria da Oxfam Brasil em abril.

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A pergunta “quem mandou matar?” encontra resposta 6 anos após os assassinatos.

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Sociedade civil convocada para a construção da Política Nacional de Direitos Humanos e Empresas

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No momento em que o Brasil tenta colocar na ordem do dia a pauta do imposto mínimo global sobre os super-ricos, Emmanuel Macron, que visita o Brasil nos próximos dias, faria bem em apoiar a medida, que poderia reduzir as desigualdades.

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Oxfam Brasil assina a carta pela ratificação do Acordo de Escazú

Documento, enviado segunda (25/3) para ministros e membros do legislativo, visa a proteção e defesa das defensoras e dos defensores dos direitos humanos em questões ambientais.

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Participação política de mulheres negras é tema de agendas em Pernambuco

Organizações entregam carta à ministra Edilene Lobo, primeira magistrada negra da história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento pede paridade de raça e gênero na ocupação de cargos legislativos.

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Reforma tributária é oportunidade para o país abandonar subsídios aos fósseis

Organizações da sociedade civil, em nota, pedem o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis e mostram que o caminho está na Reforma Tributária

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