Amém

Comentar no Facebook

21 IGREJAS EVANGÉLICAS SÃO ABERTAS POR DIA NO BRASIL

Reportagem do Jornal O Globo, edição de hoje, mostra com dados científicos, que 21 igrejas evangélicas são abertas por dia no Brasil.

Prestigiados por Bolsonaro e Lula, criam em paralelos CNPJs de Instituto de Caridade Social. É uma picaretagem sem precedentes, usando o nome de Deus, explorando a fé e o sentimento religioso das pessoas. Além, é claro, do próprio status quo.

Isso não é uma explosão sincera e nem séria. É uma forma de ganharem dinheiro fácil, tendo uma vida abastada e sem esforço e sem trabalho.

Pondé já disse que o Brasil se tornaria, muito em breve, um país evangélico. Nesse rumo, já passo a acreditar que Pondé tem razão.

Sinto-me muito a vontade para escrever sobre isso pois sou evangélico, batizado aos 12 anos, e sei da seriedade dos meus antepassados, quando os evangélicos eram alvo de deboche e achincalhe. Tenho 63 anos e convivo com o meio evangélico há 51 anos. Conheço muita gente séria nesse contexto, homens ungidos e pregadores honestos da palavra. Gostem ou não, o Médico Ribeiro é um exemplo, pois estudou, entrou para a carreira militar, tem campo e gado de família e é uma pessoa honestíssima. Da mesma forma, respeito muito a honestidade e a lisura do Pastor Cláudio Cardoso e temos raízes ancestrais boas em Santiago. Assim como em Santiago, em todas as cidades do Brasil existem pastores sérios, honrados e vocacionados. Nenhuma novidade nessa verdade. O pastor Aldo é um homem honestíssimo e fez uma igreja com base na lisura e na honradez. Todos esses merecem meu respeito.

Agora, é preocupante as distorçoes e o comércio da fé pelo Brasil afora. Essa reportagem do jornal O Globo sintetiza a excrescência e o charlatanismo. E o que é pior, é tudo colocado no mesmo saco, afinal todos se dizem evangélicos.

Com o passar dos anos aprendi a respeitar a honestidade dos padres, a bondade e a caridade dos espíritas e descobri muitos evangélicos desigrejados, por serem pessoas honestas e retas.

Todos nós temos uma vertente deísta, a morte e as doenças nos aproximam das comunidades religiosas, afinal trabalhamos muito mal a doença e o envelhecimento.

Mas foi nesse meio que conheci os maiores charlatões, ludibriadores e enganadores. Políticos com bíblias embaixo dos braços me assustam. Esses pastores  do PTB, vendo o que foi feito com o dinheiro do fundo partidário, e a conivência até das mulheres, é assustador; li o documento dos justos e rebelados, esses são de Deus e de Jesus. Mas é o exemplo de evangélico na política, só dá merda. Em comum, de todos os partidos, vão arder no fogo do inferno.

Sei lá, vão se organizar no inferno para derrubar o diabo.

 

Comentar no Facebook

“PANEM ET CIRCENSES, COMÉRCIO DE ILUSÕES E PERPETUAÇÃO DA MISÉRIA” Panem et circenses, comércio de ilusões e perpetuação da miséria

Cena 1 – Os intelectuais de Santiago e região irão me criticar e ironizarão: mas o povo não sabe quem foi Antígona. Lá vem o Júlio com suas modas.

Cena 2 – Mas eu direi ao povo quem foi Antígona. Não podemos dizer somente o que o povo sabe. O que o povo não sabe também deve ser dito. Outro dia eu contei a um intelectual sobre o desafio de dançar o último tango em Santiago e eu disse-lhe que Bernardo Bertolucci era a ficção e imitava a arte e eu era a própria realidade.

Cena 3 – Sei que quase todos da polis me repelem, não me conhecem, mas odeiam o que eu escrevo. Mas até quem diz que não me lê, me lê. Não me enquadro e nem me ajusto. Não existo para agradar.

História Primeira – Antígona era filha de Édipo, o mesmo que matou o pai e casou com a mãe e tornou-se rei de Tebas.

História Segunda – Sófocles era como eu, escrevia peças, textos. Antígona também é uma peça de teatro e para fins de catalogação sistemática é classificada como teatro grego (tragédia).

História Terceira – Antígona era irmã de ISMÊNIA, ETÉOCLES e POLINICES.

História Quarta – ETÉOCLES e POLINICES morrem lutando às portas de Tebas. Com a morte de ambas, já tendo a desgraça atingido Édipo, Creonte, o filho de Meneceus, assume como Rei de Tebas. Eis que surge o primeiro decreto do novo rei.

O DECRETO DE CREONTE

Eteócles deverá ser sepultado com todas as honras e pompas dedicada aos heróis. Mas seu irmão, POLINICES, ninguém poderá enterrar-lhe o corpo, velhar-lhe ou chorar por ele (ele era como eu). Que fique exposto a ferocidade dos cães e abutres.

CORIFEU, O PUXA SACO – Tua vontade, ó Grande Creonte, será respeitada e que todo o povo de Tebas se torne fiscal da vontade do soberano.

DIÁLOGO DE ANTÍGONA COM ISMÊNIA

Antígona – Procuro teu auxílio para enterrar um morto.

Ismênia – O morto que Tebas renegou. Você tem audácia de enfrentar o edital de Creonte contra a ira do povo?

Antígona – Nenhum dos dois é mais forte que o respeito aos costumes sagrados, como o enterro. Meu irmão também é teu. Poderão me matar, mas não dizer que o traí.

PASSAM-SE AS HORAS

E eis que o guarda entra gritando: – Ninguém sabe o que houve, o chão está liso … o corpo, quando descobrimos a luz primeira, tinha poeira e terra.

CREONTE – Raivoso, me custa acreditar, quem teve a audácia inconcebível; quem foi?

QUEM SÃO OS CREONTES SANTIAGUENSES

Santiago não é Tebas e nem eu sou Sófocles. Mas muitos instalados em micro-poderes, pequenas Tebas, agem como se fossem creontes. O povo não é bobo, sabe onde eles estão e quem são eles.

ARTE E REALIDADE

Quando a arte imita a realidade a tragédia do teatro se volta para o teatro da vida e eis que emergem os creontes cercados de corifeus. Mas em SANTIAGO também existem Ismânias e Antígonas.

Em Santiago crianças passam fome, não existe emprego, as pessoas perderam a dignidade, a descrença nos políticos é generalizada,tudo é algo vago e impreciso e só tolos acreditam nesse discurso falacioso.

CREONTE SANTIAGUENSE

É um rei esperto, não bate, usa um corifeu para bater nos outros e agora inventaram de trazer um corifeu factóide, cujo pai já foi Creonte;

O CORIFEU DA UNIVERSIDADE

Virou um cabide de emprego. Tiraram uma família e botaram outra, o compromisso científico e tecnológico não existe, planejam governar Tebas em conluio.

OS CORIFEUS SINDICALISTAS

Não fazem luta de classe, nunca leram Gramsci ou Luckás, não lutam pelo avanço de uma consciência crítica e revolucionária, apenas usam os aparelhos para se projetarem e serem candidados medíocres nas próximas eleições.

MEDO E TERROR

Há medo generalizado em Tebas, todos se calam, uns por medo, outros por covardia, outros por omissão. E têm aqueles que fingem que cumprem suas obrigações constitucionais e legais enviando pequenos ofícios.

NA MADRUGADA

Descobriram Antígona em Santiago.

Creonte – Mas como, quem ousou me desafiar.

CORIFEU – Vamos lá para o escritório do pai e vamos ver o que faremos para destruir ANTÍGONA. Nós temos como cercá-la e isolá-la até a morte.

CREONTE – Chamem meu motorista e avisem que vou chegar mais tarde em casa.

II PARTE

Antígona não teve medo de desafiar o tirano Creonte, que decretara que o corpo do seu irmão deveria ficar exposto ao relento e devorado pelos abutres.

Nem gesto de coragem, desafiou o tirano e desobedeceu uma lei injusta.

Esse ensaio mescla aspectos da arte da vida e da vida real, numa esperança de alertar a todos para não temerem os creontes e que Antígona pode ser qualquer um de nós.

Sófocles, na arte, reservou lugar para Creonte, Na realidade, resta saber o destino dos Creontes santiaguenses.

Final, Júlio Cesar de Lima Prates chora pela separação de sua filha. Vive os infortúnios de uma paternidade negada e amordaçada. Cassado e perseguido, descobriu que o Ministério quando clamava contra a mordaça é – hoje – quem mais amordaça, saíram da condição de oprimidos para assumirem o papel de opressores. Tudo que Júlio César escreve vira crime nas mãos de uma instituição que quer vingança contra seus escritos. A vida é curta e o tempo que lhe deram para ver sua filha é mais curto ainda, ele espera viver um pouco para ver o destino dos Creontes que querem mandar em tudo e se acham donos de Tebas. Júlio César despediu-se de sua filha. Sabe que uma revolução sangrenta esta a caminho e que o destino do seu destino é o engajamento. A soberba e a arrogância do secretário deixam Júlio César de Lima Prates impressionado.  Ele aprendeu conhecer quem vive de aparência e quem têm essência. Velho e embranquecido, herdeiro de todos os paradigmas, entende o desafio do destino, sabe que viveu a felicidade e sabe o que é amargura.

A vida é curta e um erro traz um outro erro. Desafiado o destino, depois tudo é destino, só há felicidade com sabedoria, mas a sabedoria se aprende no infortúnio. Ao fim da vida os orgulhosos tremem e aprendem também a humildade. Já é tarde, Creonte se oferece em holocausto. Tebas morre com ele. O inimigo avança.

FINAL

Comentar no Facebook

De Camus a Castells

Informacionalismo
Uma obra fantástica e que eu recomendo aos meus leitores: “A Era da Informação”, do sociólogo espanhol Manuel Castells, aponta com muita propriedade o surgimento de uma nova estrutura social.
“A Era da Informação/Economia, Sociedade e Cultura”, nos volumes “Sociedade em Rede”, “O poder da identidade” e “Fim do Milênio” – na minha opinião de quem estudou sociologia e estudo no dia-a-dia – chegam a se constituir num novo paradigma de sociologia, pois depois de Weber, Durkhein e Marx, realmente é um diferenciador na sociologia mundial. Os livros são editados pela PAZ & TERRA, li-os entre 1998 e 1999 e são de uma atualidade incrível, especialmente “Sociedade em Rede”.
Camus
Diversas pessoas, amigos e amigas, têm manifestado interesse em conhecer melhor a obra do filósofo franco-argelino Albert Camus. Existe no Brasil um pequeno e didático ensaio, de 124 páginas, de Carlos Eduardo Guimaraens, que é espetacular para se ter uma visão da obra camusiana.
Camus e Hegel
Às vezes, um pequeno ensaio, nos dá as grandes linhas da introdução necessário a compreensão de um pensamento complexo. Eu mesmo, tive enormes dificuldades quando fui estudar Hegel e só compreendi bem seu pensamento quando li “Conheça Hegel”, de Roger Garaudy.
Camus I
As principais obras de Albert Camus, narrativas, são: O Estrangeiro, A Peste, A Queda e o Exílio e o Reino. Todos viraram enredo de filmes.
Camus II
 
Seus principais ensaios são: O Verão, Cartas a um amigo alemão, O Direito e o Avesso, Núpcias, O Mito de Sísifo e O Homem Revoltado.
Camus III
Sobre Teatro, Camus deixou-nos quatro obras: Calígula, O Mal Entendido, O Estado de Sítio e Os Justos.
Camus IV
Camus não gostava de juízes e sentenciou “Os que julgam têm a pretensão de superar a própria humanidade … ao decretar a culpa de alguém, tomamos a imagem odiosa de uma divindade que castiga e se julga portadora da verdade”.
Em sua obra ESTADO DE SÍTIO, o diálogo entre o Juiz e Diego deixa bem claro sua antipatia para com os magistrados:
O JUIZ
– Eu não sirvo a lei pelo que ela diz, mas porque é lei.
DIEGO
– Mas e se a lei for o crime?
O JUIZ
– Se o crime torna-se lei, deixa de ser crime.
DIEGO
– E é, então, a virtude que devemos punir?
O JUIZ
– É preciso puni-la se ela tem a arrogância de discutir a lei.
Comentar no Facebook

Nota de Repúdio

A OAB/RS vem a público manifestar seu repúdio acerca dos comentários proferidos pelo promotor de Justiça Eugênio Amorim durante a realização de Júri Popular na tarde da terça-feira (30). As afirmações violam a Lei 8.906/94 que, no seu artigo 7º, fixa como dever de todos os atores do processo o respeito e a urbanidade, que devem permear o ambiente da sessão de julgamento, além de ferir a paridade de armas, indispensável para que haja o Direito à ampla defesa.

A OAB/RS não tolera qualquer ofensa às prerrogativas dos advogados, bem como já atendeu o caso por meio da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas (CDAP), obtendo a imediata dissolução do Conselho de Sentença. Seguiremos adotando todas as medidas cabíveis em relação ao fato ocorrido.

A Ordem gaúcha não aceitará ataques e ofensas desta natureza, que atingem toda a advocacia, e exige respeito à atividade, que é múnus público e indispensável à administração da Justiça nos termos do artigo 133 da Constituição Federal de 1988.

Comentar no Facebook