Dia do aniversário de Felipe Damian

Felipe Damian é o aniversariante do dia. Felipe é meu sobrinho e um jovem e promissor advogado criminalista. Gosta da advogacia, dedica-se e está atuando em Porto Alegre com muita seriedade e profundidade. Integrante do Escritório Jobim Advogados Associados, do ex-ministro do STF, Nelson Jobim, Felipe deixou Santa Maria, após formado em Direito e aprovado no exame de Ordem, decidido a seguir seus estudos em Ciências Criminais em Porto Alegre. Fez exatamente isso.

Muito jovem, casou-se com a também Advogada Luíza Ceccim e formam um casal exitoso, maduro e com uma vida assentada em fortes bases morais.

FIPE, como é carinhosamente conhecido entre os famliares, foi uma criança bem diferente. Era muito sério, raramente sorria. Passava as tardes em meu escritório, gostava de teclar, mas não havia espaços para outros hobbies. Sempre guardei a imagem do Fipe, ainda bebê, depois criança e adolescente, pela ausência de sorrisos e pela seriedade no trato com tudo diante da vida. Filho de pais separados desde tenra idade, nunca fez disso pretexto para desviar-se para os lados avessos da vida. Sempre manteve uma postura séria, idônea e uma conduta social ilibada e elogiosa.

Dra. Luíza Ceccim
Dra. Luíza Ceccim, esposa de Felipe Damian

Não foi um adolescente rebelde, nem passou por modismos. Sempre viveu quieto, sério e amante dos estudos. Foi Guilhes Damian, meu outro sobrinho, que mora em São Paulo, esse ligado a imprensa paulista,  quem me narrou as circunstâncias em que Fipe conheceu e casou-se com a Luíza Ceccim, pois eram colegas de aulas no curso de Direito. Os dois sérios e quietos, silenciosos e amáveis, formaram um lindo casal e vivem a harmonia da seriedade e um exemplo atípico de moralidade rara.

No Direito, demonstram-se engajados, militantes, participativos, apegados e exemplarmente dedicados. Há poucos meses atrás eu fui contratado pelo MDB de Unistalda para questionar no TJRS uma lei municipal. A ação devia ser uma AIR – Ação de Inconstitucionalidade Reflexa. Foi muito complicado achar as bases dessa ação, mas foi meu sobrinho amado quem me enviou livros e amplos materiais de subsídios para construção dessa ação, sendo que até agora o relator do TJ ainda não se manifestou, mas deverá se manifestar, pois quando ingressei no TJ questionando a lei municipal de Santiago, entrei com uma ADIN, errada, e o TJ negou a procedência dizendo que não era o caso de ADIN e sim de AIR. Graças ao apoio e a dedicação de meu sobrinho tracei um comparativo entre a lei de Santiago com a lei de Unistalda, mas – na de Unistalda – ingressei com a AIR certa e abandonei a proposta de ADIN. E, é claro, meu sobrinho tem opiniões abalizadas ao seu lado.

Sem querer, minha família tomou o rumo do Direito, pois temos o Rossano Prates, militar do Exército e advogado,  meu sobrinho, filho da minha outra irmã, eu, que fui o  primeiro advogado da família, e agora meu casal de sobrinhos, o Felipe e a Luíza, que virou minha sobrinha pelo casamento com o Felipe.

Eu admiro muito o Fipe e o desejo-lhe toda a felicidade do mundo, sucesso e brilho cada vez mais em sua trajetória de vida muito bem alicerçada. No dia do seu níver, são meus votos profundos e sinceros.

Sobre o discurso de posse de Lula: preocupante para quem sabe entender o óbvio além das palavras.

Escutei atentamente o discurso de posse de Lula. Nenhuma novidade expressiva, para quem o conhece, exceto que ele assumiu o controle das redes sociais. Ademais, declarou, sem citar nomes, que o negacionismo da pandemia, deverá ser punido. Criticou o desmonte do ensino superior e reafirmou a defesa do ensino tecnológico e superior, bem como o incentivo à Pesquisa.

O revogaço do decreto de armas e munições é só o começo. Atinge em cheio os armamentistas.

Lula fez ampla referência aos negros e propôs um resgate da ancestralidade violada. Invocou a proposta de defesa da Amazônia e dos nossos biomas, sem citar nenhum deles, sem deixar claro a quais se refere, se os biomas constitucionais ou não. Deu muito ênfase ao resgate do projeto minha casa minha vida, assim como deu destaque à condição de combate a pobreza e lembrou a importância das 3 refeições por dia. Mas não falou na picanha.

Criticou muito a violência e a discriminação contra a mulher, prometeu rever a reforma trabalhista e previdenciária. Prometeu incentivar a integração a partir do Mercosul e ampliou o leque aos EEUU, a Àsia e aos países árabes (sem nominá-los), mas não propôs um governo social-democrata, sequer. Apologia forte as estatais e promessa de revisão das privatizações.

Não citou uma linha e nenhuma palavra no combate a corrupção nos órgãos públicos e deu destaque a liberdade religiosa. Citou Deus ao afinal de seu discurso e chamou a todos de companheiros.

Eu diria que foi um discurso óbvio, sem novidades, com fortes tons revanchistas ao governo passado. É óbvio que Bolsonaro vai para a cadeia, se depender de sua vontade. Mas – estranhamente – nada citou sobre o abuso de poder do judiciário, lawfare,  que o levou a cadeia, algo que eu não acredito que fique assim. O silêncio não foi proposital, assim como a proposta petista de desestruturação da atual concepção das forças armadas.

É claro que seu discurso, omisso em muitos pontos, particularmente sobre o agronegócio, controle estatal das redes sociais, revanches contra os que saíram, serão temas que emergirão, especialmente porque o Senador Dino já vem defendendo suas propostas há muitos dias e Lula reafirmou a importância do ministério da justiça e segurança pública.

Eu diria que não foi um discurso equilibrado, de conciliação nacional e nem pacificador. Pelo contrário, sem deixar claro, estava cheio de revanche e ódio, apesar da reafirmação do compromisso com os pobres e com velhas bandeiras do PT. Se posto em prática, será bom, sem sombras de dúvidas, para os setores mais pobres e marginalizados da sociedade brasileira.

Trocou a gravata vermelha e usou uma gravata azul, da mesma cor do terno. Seu vice é que usou a gravata vermelha. Deve ter sido combinado.

É o começo de uma nova realidade no país. Um discurso preocupante para quem sabe entender o óbvio além das palavras.

Semeadura, colheita e a peste

Está é minha despedida de ano. Com a glicose sempre acima de 400, visão ofuscada, sofro muito para escrever. Mas esforço-me, pela necessidade de ofício, afinal comecei meu blog dia 22 de março de 2002.

Agradeço aos amigos e amigas que falaram comigo, que me deram palavras de conforto e que sabem o que estou passando.

Aos falsos amigos, aqueles que estavam juntos, mas àvidos por me destruir, movidos pelos mais baixos e torpes sentimentos, esses colherão o que semearam. A peste entra pela mesma porta que abrem para a semeadura do mal.

Minha vida sempre foi uma luta e uma resistência. Fui odiado pela exposição de posições, pelo fato de escrever e por amar quem merecia meu amor. Os abutres que continuem fuçando em suas carniças.

Eu sei que a doença passa, mas dias, menos dias, eu fico melhor. Minha voz só será calada quando for a vondade de o Eterno.

Enganam-se os que pensam que não sei enfrentar adversidades. Nasci na adversidade, criei-me na adversidade, cresci na adversidade, e nunca parei de enfrentar a adversidade.

O Deus que eu sigo e que me dá forças para prosseguir e para superar todas as barreiras que se apresentam, não é esse Deus do comércio, da exploração da fé e do mercantilismo religioso. O meu Deus é um Deus de Justiça e da Verdade. Esse Deus que eu sigo poucos conhecem.

Esse Deus que tudo vê e tudo sabe, é o mesmo Deus que sabe dos meus atos, que sabe que cumpro a palavra empenhada e que a Honra está acima de qualquer outro valor.

Esse Deus me manteve até aqui e aqui ficarei até a consumação física do meu corpo e a separação do corpo e da vida.

Como Deus é um Deus de Justiça, sei perfeitamente que os abutres colherão o que semearam. E quem faz um outro semelhante sofrer dores, colherá dores na mesma proporção.

Desejo as pessoas do bem, que a paz e amor reine em todos os lares, mesmo na humildade mais expressa, mas na humildade, existe verdade e nada se sobreporá, nunca, a Verdade.

Pelo amor a Verdade e a Justiça, hoje, rompido com qualquer outro vínculo que outrora tive, desejo que todos tenham felicidade, paz e harmonia em suas vidas, especialmente no ano de 2023, que se inicia.

Com Deus no coração e com um conceito de Deus bem diferente dos enganadores da fé e ludibriadores dos corações fracos e vacilantes.