Nunca vivi um período tão assombrado por tantas mortes de amigos e amigas em tão pouco tempo.
Esse cenário cria na gente uma sensação de incerteza, de medo e de pavor.
Eu tenho feito o possível e o impossível para não contrair COVID. Explico-me: sou diabético e hipertenso. Passo abaixo de medicamentos.
Contudo, sempre produzindo, auxiliado pelo Scherer, que também é jornalista, pela Gabizinha, venho resistindo, mas com grandes reveses. Minha pressão alta não baixou mais dos 20, 21, 22 e atingiu 23.2. Já o colestarol, apesar das cargas de glicenima e metformina, está na casa dos 395. Sei que os índices são de descontrole absoluto.
Passo a captopril, água e chás. Sei que este descontrole pode me levar a qualquer momento a um um infarto ou AVC.
Ontem, eu deveria estar em Gramado para iniciar uma Pesquisa com dados e levantamentos eleitorais. É meu trabalho. A morte do nosso colega Miguel foi dura para todos nós. Acabei não indo.
Agradeço muito a Gabriele Pedroso, um anjinho, que tem me cuidado como se fosse minha filha, me dando remédios na hora, me tratando com carinho…agradeço muito a noite passada, ela e a mãe dela, a professora TÂNIA, embora fazendo quimioterapia em Santa Maria, tem sido uma amiga de inestimável valor.
O meu grande amigo e colega Dr. Marcos Luiz marcou um cardiologista em Cruz Alta, e como eu estou com a visão totalmente ofuscada, ele dirige, me leva e me trás. Um ser humano raro.
Meu quadro é bem complicado pela hipertensão e a diabete.
Peço apenas orações dos meus amigos e amigas. O mais, está tudo nas mãos de Deus.
Não temo a morte, não temo mesmo, sei que faz parte da vida, agora temo mesmo é um AVC que não me mate … ficar todo atravessado, sozinho, sem família, aí eu vou crer em castigo divino.
Vou resistindo. Com fé e orações.
Peço compreensões.
E orações.
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