Supremacia branca e o governo Bolsonaro, casos fortuitos ou orquestração imperceptível?

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É gesto praticado por Filipe Martins, assessor especial para assuntos internacionais do palácio do planalto, nitidamente identificado com o nazismo e com com os supremacistas brancos, não foi um fato isolado no governo Bolsonaro e deve acender uma luz na vigilância anti-nazista. Seguidamente surgem manifestações afins e isso é fortemente preocupante.

As raízes nazistas podem estar mais profundas do que imaginamos. Por outro lado, é evidente que a simbologia se dirigia a um público específico e aí fica nítido que o caso não foi fortuito e nem isolado.

Só notas de repúdio não bastam. Há muito tempo eu venho denunciando, de forma isolada, que o supremacismo branco ganha muita força em círculos de direita e o governo Bolsonaro se tornou um nazistário, mesmo que imperceptivelmente. A rigor, não existe um estudo investigatório mais profundo acerca dessas raízes, sua origem e como elas têm se fincado em nosso meio, como um silencioso câncer que avança corroendo as instituições democráticas e o próprio Estado democrático de Direito.

Como Presidente estadual da comissão de ética socialista no Rio Grande do Sul, coube a mim estudar a buscar a genealogia desse movimento neonazista, especialmente quando foi pedida a expulsão de Hilton Marx dos quadro do PSB. Eu e o meu secretário-geral, o médico Leonardo Grabois, identificamos uma intensa literatura nazista, símbolos e até propostas para o Brasil. É tudo muito mais profundo do que se imagina, assim como a divulgação e a propagação ao ódio contra o povo judeu.

Em janeiro de 2020, o secretário de cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, proferiu uma manifestaão copiando trechos inteiros do discurso de Joseph Goebbels,  ministro de Estado da propaganda na Alemanha Nazista no período compreendido entre 1933 e 1945.

Reservo-me o direito de dizer que não são fatos isolados. Talvez a orquestração seja mais profunda do que todos nós possamos imaginar.

Que o despertar não seja tarde e que a vigilância da democracia não seja sonolenta.

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