Uma morte em família

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Faleceu há pouco, no Alto Uruguai, o irmão da minha mãe, tio Balduíno, 94 anos (foto no Natal de 2019).

Na verdade, minha avó, Leodina Soares de Lima, separou-se do meu avô. Do primeiro casamento, houve 3 filhos, Jandira, minha mãe, o Garibaldi, que após a vinda do Alto Uruguai fixou residência na colônia judaica de Phillipson, que dá origem a comunidade israelista de Santa Maria, e Romeu Lima, que faleceu aqui em Santiago, aos 99 anos de idade. Do segundo casamento de minha avó, tenho uma tia viva – que mora na Argentina – com 98 anos de idade, outra que mora em Frederico Whestepalen, com 96 e o Balduíno, que faleceu hoje aos 94 anos.

Com a separação, meu avô veio embora para o Rincão dos Soares com minha mãe e dois irmãos. Soube que minha mãe, chegada da Argentina, aos 16 anos, queria muito que o tio Balduíno viesse com ela para Santiago. Por ser totalmente contra o divórcio, minha mãe se recusou a ver sua própria mãe em vida. Convivi sempre com esse trauma; ao falar na mãe dela (minha avó), Jandira sempre chorava, mas ao mesmo tempo batia muito nessa tecla do divórcio. Muita coisa eu não entendo até hoje. O Tio Garibaldi, tinha o apelido de “castelhano” porque só só falava espanhol assim que chegou aqui na região.

Meu avó morreu sozinho e se dedicou a criar os filhos. Não se casou mais. Está enterrado em Florida (Vila Flor).

Na verdade, as duas famílias são decorrentes da separação da minha avó do meu avô. Tenho primos e primas, tios e tias, espalhados Brasil afora. A Jussara, minha prima, filha do tio Balduíno mora em Curitiba.

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