Eleições Argentinas

Pesquisa IntelAtlas divulgadas agora há pouco dá a vitória para Milei sobre Massa. Milei teria 52.5% dos votos válidos e, se a Pesquisa estiver certa, será o presidente da Argentina.

O escrutínio real deve começar em instantes. Agora são 19 horas.

Há um golpe mundial em curso para derrubar Lula

Eu tenho uma visão muito peculiar acerca do governo Lula.

Minha opinão é singela, simples e escorreita. Está sendo tramado um plano para derrubar o governo Lula.

Esse plano passa pela imprensa corporativa nacional, que recebe ordens dos EEUU. É só ver o carnaval que fizeram com o tal dama do tráfico, uma invenção despudorada de um jornalista inescrupuloso.

Mas o grande mote que move os interesses imperialistas em face de Lula é mesmo a desdolarização e a política dos BRICS, pois é a primeira vez que surge um plano bem costurado para colocar em xeque o dólar dos EEUU. É claro que houve um somatório de esforços a partir da Rússia, da China e do Irã e dos próprios países dos BRICS. O impacto na economia dos Estados Unidos é enorme e todos os analistas da direita mundial, sejam republicanos ou democratas, sabem que o impasse criado pela desdolarização da economia mundial tem o dedo de DILMA,  de LULA e dos petista, que sabem ler muito bem a conjuntura mundial.

Não existe perspectiva de guerra mundial, isso é lorota de pastor evangélico e de judeu sionista. O povo palestino está isolado, sendo massacrado sem precedentes ante a complacência mundial, diria que é da covardia mundial, seja da liga árabe, seja dos turcos, seja dos cristãos, confusos cristãos, porque o próprio Jesus Cristo é rejeitado pelos judeus.

Na verdade, o massacre covarde de crianças, mulheres e idosos é uma carnificina judaico-sionista, na verdade um genocídio, perpetrado ante nossos olhos, nossa covardia e nossa omissão.

Eu tinha 24 anos quando fui me solidarizar  com a colheita do café na Nicarágua, e para evitar um massacre contra o povo nicaraguense. Nosso papel foi importante naquela ocasião.

Por isso, estranho muito a omissão atual, de várias partes do mundo, a começar com o Hezbollah e com esse jogo duplo do Erdogan e do Mohammed bin Salman, principalmente desses dois, que fingem defender os palestinos e jogam com os EEUU e Israel. Aliás, no mundo árabe é quase todo mundo podre e poucos são os que escapam ilesos. Estão em busca de dinheiro, de lucro e dessas malditas vantagens do imperialismo. Putin e Xi Jinping estão no mesmo barco.

Nesse contexto, o Brasil, sem um programa nuclear paralelo, quem não se lembra da traição de Collor e Lutzemberger, ademais, um governo dissociado de boa parte das FFAA, contando apenas com a bravura de alguns ministros do STF, que realmente são homens corajosos e destemidos, sem uma imprensa alternativa, com toda a grande imprensa contra, tudo indica a armação de um golpe para derrubar Lula. Nessas alturas, só não vê a armação do golpe quem não quer.

Sequer temos a bravura dos palestinos e eu acho que a situação mundial fica cada dia mais complicada, muito complicada. O golpe está armado e na primeira oportunidade, será desferido o golpe em Lula.

Nossa mobilização nacional é fraca, nossa rede social é fraca, nossa defesa é fraca, nossas FFAA são fracas, nosso movimento sindical e fraco, sequer bravura temos.

Ou o imperialismo faz os BRICS cederem ou partem mesmo para derrubar Lula e colocar algum capacho em seu lugar.

A situação é preocupante demais.

 

Combate ao racismo: luta de todas as pessoas – José Claudio de Paula

Celebramos, nesta segunda-feira, mais um “Dia Nacional da Consciência Negra”.
Faixas e bandeiras vão exaltar Zumbi dos Palmares, e as manifestações destacarão episódios, execráveis, de morte, e de tortura, por causa da cor da pele.
Ao lado de tudo isso, é essencial destacar, também, o componente de classe envolvido. O combate ao racismo, sempre é necessário, especialmente, porque, no capitalismo, a exploração, do trabalho humano, é mais grave quando praticada contra negras e negros.
O combate ao racismo, faz mais sentido, quando acontece, ao mesmo tempo, que o enfrentamento de todas as exclusões. Para construir uma verdadeira democracia racial, também temos que superar o capitalismo.
Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas e multidão

Rebeca Sasso escreve sobre seu pai, o falecido Pastor Batista Jorge Sasso

Eu achava que todo pastor era igual. Quando era criança, eu pensava que ser pastor era como ser médico ou professor, que existia um sindicato e uma lei que dizia como cada um deveria se comportar. Na minha cabeça, todo pastor acordava às 6h da manhã, tomava café preto e ia para o escritório orar. Que eles iam nos correios buscar as correspondências e visitar uma irmã muito idosa que oferecia doce em uma cremerinha verde.
Achava que depois do almoço, todo pastor dormia e que se ligassem pra eles, eles atenderiam meio aborrecidos, mas tratariam bem. Achava que todo pastor usava roupa social na rua e chinelo com meia em casa. Achava que todo pastor deixava de viajar com a família quando alguém importante adoecia, ou que abandonava as férias pra fazer velório. Achava que todo pastor acordava de madrugada pra orar pela irmã atribulada que não conseguia dormir e ligava desesperada por não aguentar mais uma noite de insônia. Achava que todo pastor comia rápido, trazia ovos e bolos pra suas famílias todos os dias e depois repartia com todo irmão que chegaasem na hora do café das 17h. Achava que todo pastor esquecia de tudo e que suas esposas precisavam os lembrar todos os dias dos horários dos compromissos (que não fossem da igreja, esses todos os pastores lembravam).
Eu achava que todo pastor, na segunda feira, no dia da tal folga do pastor, trabalhava também. Na verdade, achava que todos os pastores também não tinham folga. Eu achava que todos os pastores do mundo tinham uma maleta de estudos onde também eram escondidas balinhas para as crianças que eles visitavam.
Eu achava muitas coisas sobre todos os pastores. Eu achava que todos os pastores choravam escondidos e que quando estavam cansados, exaustos, eles pediam a Deus força pra suportar o peso de uma congregação. Achava que todos os pastores sabiam ignorar fofocas, intrigas e picuinhas dos irmãos.
Achava também que tinham um super poder de não perceber cantadas de irmãs sem noção (acontecia!). Achava que todo pastor era igual. Achava que todo pastor buscava ovelha desgarrada no presídio, em casa ou até em outra cidade.
Que todos levavam ceia no hospital ou na casa do irmão doente (sem ter que pedir). Achava que todo pastor não sentia cheiro ou nojo, que todo pastor amava alcoólatra e os ajudava, que amava gente quebrada, mesmo, de verdade. Achava que todo pastor colocava a igreja acima até de sua família as vezes.
Só depois que sai de Santiago, que conheci outras congregações é que descobri que os pastores não são iguais. Tem uns que nem visitam. Uns que não mandam bom dia, boa tarde e boa noite no whatsapp. Tem uns que não vão no hospital e outros que tem pavor de chimarrão. Descobri que tem pastor que se você ficar dois meses sem ir na igreja, não te perguntam como você está. Descobri que tem pastor que não te dá meus pêsames quando você perde uma pessoa amada. Descobri que tem pastor que só trabalha com irmão rico, que tem iate, que dizima bem. Descobri que tem pastor ladrão, que tem pastor que não é pastor, que é lobo disfarçado.
Descobri que nem todo pastor sabe perdoar quando um irmão sai da igreja e retorna. Descobri que nem todo pastor sabe orar pelos outros irmãos, mesmo quando está com uma doença crônica, sentindo dor e medo. Descobri que nem todo pastor agradece a Deus pela família que tem. Descobri que tem pastor que não sabe levar uma palavra de conforto e que não sabe quando é hora de não fazer piada. Descobri que pastor erra e também, que as vezes, a gente acha que ele está errado e ele está certo.
Descobri muitas coisas quando cresci. Descobri que meu pai era pai e também pastor. Que as vezes é difícil separar uma coisa da outra e que as vezes, só as vezes, a gente queria muito que fosse só um ou só outro. Que ele não tinha super poder e que era humano, muito humano. Que ele sentia dor, enjôo, cansaço, exaustão, medo e raiva. Descobri que ele sentia culpa quando não sabia o que fazer. Que ele era como todos nós.
Eu sou grata a Deus que nem todo pastor é igual, e que meu pai era um pai incrível – e também um pastor incrível. Sou grata porque descobri isso antes dele partir, e puder dizer isso a ele.
Sou grata porque tive um paistor. Tive um amigo e um confidente. Tive conselheiro e um mestre. Tive tudo e ao mesmo tempo, bem pouco, queria ter tido mais.
Sou feliz e grata a Deus por tudo que Ele me deu e por tudo que descobri nesses anos, por tudo que eu ainda vou descobrir. Sou grata por tudo Senhor!
REBECA SASSO
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NOTA DO REDATOR
Eu conheci a Rebeca muito menininha, acho que ela tinha 14 anos. Foi minha amiga, conversava comigo, me contava histórias. Passaram-se os anos, ela foi estudar em Santa Maria e hoje cursa mestrado. Mas fiquei com uma recordação muito boa dela. O dia que seu pai faleceu, o colega de escritório DR. MARCOS MARTINS PAINES foi o primeiro que me avisou. Fiquei chocado, conhecia e me dava muito com o Pastor Jorge Sasso, era estranho, mas ele gostava muito de conversar comigo, inobstante o campo de divergências plenamente conhecido de todos. Ao mesmo tempo, fiquei pensando na Rebeca, como ela recebeu a notícia da morte do seu amado pai. Eu sabia muito do amor dela, porque ela me contava.
A vida é assim mesmo. Ele tinha quase a mesma idade minha e – em comum – dentre as doenças, temos a mesma. Hoje, alta madrugada, estava relendo o facebook da Rebeca e achei lindo o texto que ela publicou após a morte de seu pai. Um texto lindo, complexo, mas que sintetiza todo o amor de uma filha por um pai.
Num mundo em que os filhos poucos se importam com os pais, o exemplo de Rebeca é lindo, digno de registro e encantador. Pensei, por instantes, que esse é um dos lados lindos de ser evangélico. Eu senti a dor da Rebeca, mas guardei tudo para mim. Como todos as dores que tenho guardado quieto.
Júlio Prates, Advogado e Sociólogo Brasileiro. Whatsapp 51 996 17 9962.