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VEJAMOS OS SANTIAGUENSES

Marcelo Brum ganhou 510 mil reais

Júlio Ruivo ganhou 25 mil reais

Eila Lima ganhou 10 mil e 100 reais

Marco Peixoto ganhou 25 mil reais

Miguel Bianchini ganhou 50 mil reais

O ensino superior no Brasil

O ensino superior no Brasil desenvolveu-se, desde suas raízes históricas, sob o signo de instituição problema. Além de não desempenhar as suas funções sociais que justificassem sua razão de ser, alcançou sempre rendimentos baixíssimos, a partir de um péssimo aproveitamento dos fatores humanos educacionais. A má escola perpetua-se pelo mau ensino.

A escola superior, criada à luz de uma sociedade oligárquica, de estruturas rígidas, desempenhou em seu limiar funções societárias bem definidas, a transmissão dogmática dos conteúdos importados e a formação dos filhos das elites dominantes  de então, ambas necessárias à manutenção do “status quo” dessas elites.

Sufocada pelo caráter elitista e pelo compromisso classista com as forças conservadoras, a escola superior não engendrou o que seria um processo dinâmico de desenvolvimento a partir da valorização do pensamento crítico, no incentivo à pesquisa e da criação científica e tecnológica. Consequentemente, não reproduziu os valores humanos e intelectuais necessários ao pleno amadurecimento como instituição, seu desenvolvimento foi atrofiado desde as origens.

A revolução de 30, aparentemente, destruiria o caráter árquico da sociedade imperial, abrindo novos horizontes dentro de uma sociedade télica de sociedade emergente: a republicana. Uma sociedade voltada para para o desenvolvimento , onde a nova função social possibilitaria como instituição, das características atrofiantes  de suas raízes.

Mas, dentro do extenso quadro social, as forças conservadoras galgaram novas posições, articularam a reorganização da sociedade nacional, segundo seus interesses, limitando a pequenos passos de uma elite o que deveria ser o início da caminhada de inteira de um  povo.

Dentro da instituição do ensino superior, a vitória das forças conservadoras deu-se sobre o prisma de universidade conglomerada . A simples conglomeração de cursos superiores em universidades, sem um interrelacionamento dinâmico entre os cursos e um redirecionamento funcional, fez com que se mantivesse o caráter anacrônico do padrão de escola superior original, além de permitir um controle mais eficaz, a partir da centralização nas reitorias e nos conselhos universitários. Mais uma vez, o ensino superior não obteve fôlego para acompanhar os progressos sociais limitados de uma sociedade contraditória: télica, voltada para o futuro, o progresso , pela sua nova nova estruturação republicana é árquica – voltada para o passado, para suas raízes, pelas suas condições econômicas.

Apesar das aparências modernizantes da universidade conglomerada, a simples aglomeração de escolas  superiores não vingou uma universidade multifuncional. Isto é, a multiplicidade de interrelações  entre as diversas escolas da universidade de forma funcional , dinâmica e participante do processo social em curso. A universidade conglomerada não atingiu, portanto, os anseios da vanguarda intelectual tanto do corpo docente como discente. Assim, como uma nação inteira buscava sua emergência dentro do processo histórico.

É nesse quadro estéril qualitativamente que se desencadeou a reprodução quantitativa dos estabelecimentos de ensino superior.

Nos meados da década de 60, as pressões da vanguarda universitária, aliada a evolução política da época, possibilitaram experiências novas, de uma universidade que exercesse realmente suas funções sociais a partir de uma visão progressista de esquerda, como foi o caso da UnB.

O resultado dessa experiência foi a formação de um padrão intelectual bem acima do padrão médio, além do desenvolvimento do pensamento crítico. Esse processo, é claro, não se deu apenas no âmbito do ensino superior, mas sim no amplo contexto social, provocando imediata reação das forças dominantes.

Paradoxalmente, foi esta reação às forças de vanguarda que  possibilitou a unificação e o direcionamento de seus  movimentos políticos. Detectado o erro, a reação partiu para uma nova tática. Impossibilitada de reprimir pela força e repressão, fragmentou campus, afastou-os dos centros urbanos e isolou-o do conjunto social mais expressivo.

Com a redemocratização, nos governos Collor e FFHH, houve um visível sucateamento, corte de verbas, a pesquisa e o ensino viverem momentos dramáticos.

Contudo, nos governos Lula e Dilma houve novas diretrizes. Abertura de novas universidades, fomentação de centros tecnológicos, IFETs, redefinição de verbas públicas para a pesquisa, valorização do ensino, rede de estrutura predial, corpo funcional valorizado, em suma, foi o melhor período do ensino superior no Brasil, inclusive com linhas de financiamentos paternalistas que propiciaram aos filhos das camadas sociais mais humildes de sociedade atingirem o ensino superior e até freqüentarem mestrados e doutorados.

Quando eu escrevi que com Temer e Bolsonaro tudo isto iria entrar em refluxo, os imbecis alunos do IFF e seus familiares me atacarem de todas as formas possíveis. Tenho uma a uma das mensagens agressivas. Estava na cara que não entendiam nada de política e sequer sabiam ler uma conjuntura. Gente burra, pois eu apenas analisava os desdobramentos do que seria o futuro dos IFFs e universidades federais nas mãos dessa gente. Apenas isso.

Um ex-ministro da educação brasileira já declarou, dentre outros absurdos, que a universidade precisa ser para uma elite. Filhos de pobres que se preparem para virarem empregados, mão-de-obra barata e desqualificada.

Esta é a nova realidade do ensino superior brasileiro. Universidades públicas sem fomento, aqui em nosso Estado a UERGS fecha os campi de Montenegro e Novo Hamburgo, e as universidades comunitárias, que sempre mamaram nos governos, vivem uma crise sem precedentes em face do avanço do ensino virtual na esteria da telemática. Unisinos e Ulbra quebradas são os símbolos mais fortes de nosso debate.

O governo Bolsonaro não deixou marca nenhuma no ensino superior, exceto na concepção de escolas cívico militares. Há quem goste. Mas é a quartelização do ensino.

 

 

 

 

 

 

ANPP

O Enunciado nº 98 da 2ª Câmara de Coordenação Criminal autoriza o ANPP nos processos em andamento até o trânsito em julgado, apenas reconhecendo a preclusão nos casos em que a defesa, que antes tenha recusado o ANPP, demonstre o interesse no acordo após a sentença ou acórdão.

Estranho como o MP nega isso.