O desconhecido e as buscas

Sharing is caring!

Muitas vezes fico preocupado com essa relação que se estabeleceu nesse processo de interação digital; afinal, não será sempre que eu vou poder seguir mantendo esse diálogo digital e, sejamos francos, não é de hoje que eu anuncio a precariedade de se manter um jornalismo no interior sem os devidos custeios, embora imbecis que nada saibam sobre imprensa, vituperem contra uma lógica que é mundial, pois nenhum órgão de imprensa, seja aqui, na China, na Rússia ou nos EEUU, sobrevive sem seus anunciantes e patrocinadores. Quem não sabe as perseguições que eu enfrento?
.
Quem brinca de blog como as meninas brincam com seus diários não sabe o que é manter uma atividade empresarial jornalistíca com encargos e obrigações sociais todos os meses, ao longo dos anos…Por outro lado, estudei muito sobre opinião pública e até hoje nunca vi um órgão de imprensa totalmente independente. Também, nunca me convenci de que exista neutralidade, nem científica, nem jornalística, nem jurídica, nem filosófica e nem sociológica. Todos nós refletimos nossas ideologias em nossas atividades profissionais.
.
E que bom que seja assim, pior é o cinismo de quem é ideológico e finge ser contra as ideologias. O ideal seria o embate no campo das ideias, porém, respeitando as pessoas em sua atividade profissional, pois tanto o jornalista, quanto o médico, o advogado, o economista, o contador … vivem da venda do seu trabalho, vivem de sua atividade profissional.
.
A busca da informação, a troca de idéias, a presença participante, opinitativa, crítica, a análise do fato por outros viéses, é uma paixão, gosto disso, faço com muita satisfação. Por outro lado, sei que os anos forjaram a maturidade de um processo e o blog foi incorporado na vida de muitas pessoas, assim como eu também incorporei a leitura de outros tantos. Em março de 2024, completei 22 anos de blog e 25 anos de jornalismo digital, pois foi também em março de 2002, que comprei o domínio “ahoradigital” na Santiagonet.
.

É claro que a interação nem sempre é compreendida e nem a relação leitor-escritor. Existem pessoas de cabeça boa que sabem ler, compreender, interagir; essas, extraem aprendizados, concordam, discordam, mas são normais diante da escrita. Outras, pelo contrário, até por serem perturbadas, sofrem e esse sofrimento é expresso em agressividades, retaliações, voltas com viéses obscuros e persecutórios. Esse perfil doentio é bem conhecido. Mas, enfim, a vida é assim mesmo.

.

No momento, o centro de minhas preocupações tem sido a luta pela construção de dias melhores para minha própria vida, em função especial de uma outra vidinha: Nina. Como não sou fatalista, como não acredito em obras do acaso, como não acredito em superstições de natureza alguma, resta-me apelar a mim mesmo, numa profunda crença no ser humano, com seus limites e suas potencialidades.

.

Sempre achei que o Homem é responsável por suas construções, e são suas ações ou omissões que determinam o curso dos acontecimentos. Se eu ficar assentado do comodismo do que é como está, simplesmente aceitando as regras do jogo que outros impõem, é muito provável que o tempo passe e que tudo fique no mesmo conservadorismo. Por outro lado, o desafio de ousar tem um custo alto, que é aposta no desconhecido, mas o que fazer, só saberemos se existe desconhecido se buscarmos. É certo, contudo, que quem tem medo da busca, não encontra, razão pela qual o salto no desconhecido, às vezes, é necessáro e faz parte do processo como um todo.

.

Obrigado a todos que interagem comigo e espero que saibam extrair alguma percepção de minhas palavras nessa postagem.

“Para ser popular é indispensável ser medíocre”.

Oscar Wilde

Comentar no Facebook