Guerra de pesquisas

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Desde que ingressei na faculdade de sociologia, em 1980, minha predileção sempre foram as Pesquisas Eleitorais. Fui aluno de nomes gigantes em Pesquisas e, ainda nos anos 80, iniciei trabalhar com pesquisas em Porto Alegre e vale do Sinos.

Certamente, sou o nome em Santiago e na região com mais vivência e conhecimento em pesquisas.

Porém, confesso que as pesquisas eleitorais pegaram um péssimo viés. Quem observa as pesquisas em São Paulo, esse final de semana, fica baratinado. O Paraná Pesquisas dá vitória para Bolsonaro. O DataFolha dá vitória para Lula.

Em quem acreditar?

Já vi grandes erros em Pesquisas, de Maria Luíza Fontenele, em Fortaleza, a eleição de Heinze ao Senado gaúcho, em 2018, e posso assegurar que os institutos erram, particularamente aspectos metodológicos.

Na Pesquisa do Heinze, em 2018, o erro foi gritante. No sábado a noite, poucas horas antes das eleições, e Heinze aparecia em 4º e em 5º lugar, variando de instituto.

Em 2019, no Palácio do Planalto, Brasília, conversei longamente com o Ministro Ônix Lorenzoni e contei a ela a extensão do erro metodológico que envolvia o senador Heinze. Estavam comigo o deputado federal Marcelo Brum e o jornalista João Lemes.

Quando eu vi a metodologia de um desses institutos, que colhia amostras majoritariamente nos grandes centros, não tive dúvidas do erro que se desenhava, pois ignoravam o peso isolado da zona da mata.

Não deu outra. Escrutinados os votos, Heinze foi o mais votado ao senado pelo Rio Grande do Sul.

O problema das metodologias de ambos os institutos que fizeram a recente pesquisa em São Paulo é a quase igualável metodologia. Isso é extremamente perigoso.

O certo é que essa guerra aberta de pesquisas precisará de uma intervenção séria do poder judiciário eleitoral. As diferenças são muito discrepantes.

Os institutos sabem da minha manifestação contrária na eleição passada. Só quem estava certo era eu.

Será que não estão comentendo o mesmo erro?

Preciso estudar e ler muito para dar uma opinião mais profunda.

Só que enquanto o Heinze mantiver o Tiago na coordenação regional, eu não moverei uma palha por ele. Em Santiago têm duas campanhas de direita e boa parte de quem poderia ser Heinze, está migrando para o Ônix, só eu sei o tamanho do estrago.

A coisa tá estranha. O pessoal daqui que foi fazer fofoca com o Ônix, agora está com o Heinze. Eu sei o que estou dizendo.

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