Santiago precisa ser mais crítico acerca da cultura do ufanismo. A REALIDADE dos fatos, sem o mascaramento, sem o véu ideológico, aproxima-nos da verdade, do convívio sincero do que é como está, sem necessidade de manipulação ou criação de inverdades em cima dos fatos sociais.
A consequência desse culto ao irreal, dessa ação manipuladora da realidade, é a formação de uma massa acrítica, alienada e suscetível de ser conduzida pelo efeito manada. Se somos uma cidade educadora, a criticidade devia ser nossa palavra de ordem, pari passu à rejeição aos embustes, que devem ser identificados onde se gestam, como se gestam e porque se gestam.
Enfrentar a dominação, estabelecer a resistência, seja no espaço que for, deve ser a missão dos não covardes. Missão, bem compreendido, é o compromisso altivo de cada um de nós diante da vida, na busca dos nossos sonhos. Esse é o legado mais honrado, para todos nós, diante da História, que é sempre produto da INTERVENÇÃO de cada um de nós, seja por nossa ação, seja por nossa omissão.
É triste a submissão, a covardia, o andar agachado, a falta de altivez, isso demonstra, em última instância, a falta de caráter. Os perseguidores e as perseguidoras já têm seu lugar reservado na história da infâmia, aliás, no lixo da história, pois os momentos passam e novos fatos se engendram na emergência da realidade social, gerando um somatório que – no final – será o cômputo da ação de nossas vidas.
Manipuladores e perseguidoras, unidos, o fio tênue que os separa é facilmente identificado, mesmo que finjam estarem em campos distintos.