Andando no vale da sombra da morte e o poder da oração

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Confesso que fiquei baratinado com a morte de amigos e amigas ocorridas nessa pandemia.Fiquei duramente marcado. Confesso que me senti culpado por algumas mortes.

Culpa de não ter pregado a palavra de Deus e nem ter orado, com imposição de mãos, sobre essas pessoas. Chorei tanto tantas mortes.

A despeito do que puderem me acusar, eu acredito em cura divina e acredito no poder da oração. Batizei minha filha nas águas e a consagrei com óleo, quando percebi que as forças satânicas iriam leva-la.

Minha relação com Deus é muito especial. Sei que sou um homem Justo e sei o peso da oração de um Justo.

Sou um homem e pedi a Deus uma companheira, para eu não viver mais sozinho. Deus atendeu meus pedidos e a Cleonice me diz que pediu o mesmo. Deus deu-nos um ao outro. É um amor fortemente assentado em bases divinas e espirituais.

Mas Deus também colocou um desafio enorme em minha vida: a doença da Cleonice, minha companheira, esposa, minha luz, amor …

De repente, vi-me num emaranhado caso médico. Ela que é médica, a irmã que é médica, as sobrinhas que são médicas, e o caso tornando contornos dramáticos. Cada dia, pior. Desde que a trouxeram num jato UTI de Unimed percebi que a situação era gravíssima. Depois, com a evolução da doença, percebi que a medicina humana tinha se exaurido.

Precisava tomar uma atitude.

Orei muito em casa, orei, orei e orei.

Eu precisava pregar a palavra de Deus, o evangelho de Jesus, para uma médica. Precisava dizer para ela que existe cura divina e o meu Deus, esse Deus que eu sigo desde os 12 anos de idade, é um Deus de Verdade. Sempre orei pelos enfermos e Deus sempre curou os enfermos.

Preguei para a minha companheirinha. Pedi para ela renunciar a vida do mundo, pedi para ela aceitar a Jesus e entregar sua vida para Deus. Na realidade, eu percebi que ela iria morrer. As forças satânicas e maléficas haviam invadido seu corpo e a resistência estava muito pouca, mesmo no meio de todo o recurso e cercada dos melhores profissionais da área médica, senti que deveria pregar para ela, orar para ela. Era aceitar a Jesus e renunciar a tudo, ou morrer.

Fiz duas longas pregações, intercalando leitura de versículos Bíblicos.

Sei o peso da oração de um Justo e me considero um homem Justo.

Orei e preguei para a Cleonice.

Ela aceitou Jesus e eu decretei, em o nome de Jesus, sua cura, para honra e glória do nome de Jesus.

Pregar para uma médica e pedir para ela renunciar a medicina e crer somente em Jesus, é algo extremamente complexo. Mas, enfim, foi o desafio que Deus me apresentou.

Felizmente, ela aceitou tudo, prevaleceu o amor, nosso desejo de ficar junto e nossa união perante os olhos de Deus.

Pedi que o Espírito Santo de Deus entrasse na sua vida naquela noite. Pedi que ela dormisse, fechasse os olhos, que ela seria visitada pelo Espírito Santo naquela noite.

Cleonice me relatou a mansidão. Ela estava diante do milagre divino. Eu seguia orando madrugada adentro, repreendendo a enfermidade.

Claro, todos me conhecem, sabem que eu oro pelo amor às pessoas, reprovo esses mercenários que se dizem evangélicos e fazem da obra de Deus uma fonte de captar recursos. Sou um evangélico, mas sou diferente, sou justo, sou coerente, não minto e tenho amor no coração. Poucos homens na minha condição de estudos e conhecimentos aceitariam viver pauperrimamente como eu vivo. Mas eu sempre disse, eu procuro viver como Jesus viveu. Por isso, não tenho casa, não tenho carro, não tenho nem mais minha bicicleta. Com meu divórcio, com a opressão de setores da sociedade santiaguense, perdi tudo, tudo, sobraram apenas as poucas roupas do meu corpo, só não me tiraram minha alma e minha fé. A perseguição que me move o prefeito Tiago Lacerda e os advogados evangélicos é algo quase indescritível. Mas sempre resisti a tudo, pressões de todos os lados, resisti a atos vis e covardes de mais alta puerilidade, fui humilhado, achincalhado … mas meu Deus é um Deus de Verdade e minha comunhão com Deus foi sempre sincera.

Cleonice aceitou a Jesus, converteu-se no meio da minha oração …

Deus atendeu minha oração…ela ficou curada, a doença que invadia seu corpo, saiu com o poder da oração. Deus salvou a irmã Cleonice.

Nessa madrugada, apesar da dor por tantas mortes e por não fugir de minha responsabilidade, deixei o Espírito Santo entrar. Deitei e dormi intensamente, com a mansidão que é própria das pessoas batizadas no Espírito Santo.

Cleonice me ligou e me perguntou onde poderia comprar uma Bíblia Evangélica. Senti que a obra de Deus foi eficiente e que Jesus não deixa desamparado os seus. De um quadro grave, ela foi evoluindo – cada dia – em melhoras e melhoras, até que recebeu alta hospitalar, após um mês internada e ter andado no vale da sombra da morte.

Ser evangélico e ser justo é algo muito sério. Eu sou uma pessoa que reflete a imagem do Senhor, procuro viver como Jesus viveu. Nunca pedi nada material para Deus.

Vivo nos caminhos de Deus e sigo os ensinamentos de Cristo. É tão simples.

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