A Brasil cai nesse debate estéril, afinal a morte do João Alberto foi racismo ou não.
É contraditório esse debate, é claro que não foi e é evidente que foi.
A cultura na elite do nosso país é tratar o negro com discriminação e preconceito sempre. Imaginem o que pensa um segurança do Carrefour?
Talvez a intenção covarde dos agressores, num primeiro momento, até nem fosse racial, mas quando viram que se tratava de um negro, trataram de mostrar força e esbanjar abusos. O que não era racismo, acabou sendo.
É evidente que se fosse um moço loiro, de olhos verdes ou azuis, o uso da força seria moderado, com toda a certeza.
Mas, o pobre do João Alberto, era negro. Pagou o preço, custou-lhe vida.
Nós somos altamente preconceituosos e racistas, negar isso é negar as evidências dos fatos que afloram em todos os lugares.
Idiotice é ficar discutindo a ficha corrida policial da vítima, como se isso abrandasse a crueldade de sua morte.
Se não era racismo, acabou sendo, ponto, a sociedade não é boba e as pessoas sabem bem a extensão do preconceito que grassa em nosso meio.